A Espanha tenta nesta segunda-feira, às 13 horas, contra a Austrália, na Arena da Baixada, em Curitiba, fazer com que o vexame da eliminação precoce já na primeira fase da Copa do Mundo não seja ainda maior. Depois de igualar as péssimas campanhas de apenas três seleções que, ao defenderem o título conquistado no Mundial anterior, não passaram nem da primeira fase (Brasil-1966, França-2002 e Itália-1950 e 2010), os espanhóis não querem ser os primeiros campeões a se despedirem da Copa sem somar pontos, com três derrotas.
Se antes do Mundial a Espanha era considerada favoritíssima contra os australianos, hoje a situação não é favorável. Enquanto os espanhóis foram facilmente vencidos por Holanda (5 a 1) e Chile (2 a 0), a Austrália foi páreo duro diante desses adversários, apesar de também ter sido derrotada (3 a 2 e 3 a 1, respectivamente).
Os espanhóis chegam moralmente abatidos à partida desta segunda. A maneira como a equipe se comportou nas duas primeiras rodadas surpreendeu a todos, principalmente diante do Chile, quando se esperava que os jogadores reagissem depois da goleada na estreia. Mas não foi isso o que aconteceu e o time voltou a jogar muito mal e de forma apática.
Uma das principais preocupações do técnico Vicente Del Bosque é com o ataque. Em 180 minutos, a Espanha marcou apenas um gol – um pênalti duvidoso sofrido por Diego Costa e convertido por Xabi Alonso na estreia. A equipe tem encontrado muitas dificuldades para criar as jogadas no meio de campo e o técnico ainda busca respostas para o desempenho tão abaixo do esperado.
“Fomos eliminados por um conjunto de fatores. Tem a ver com aspectos físicos, táticos e técnicos. Não há somente uma razão. Fomos ligeiramente inferiores aos dois rivais que enfrentamos. Foi uma surpresa para todos nós”, reconhece.
GRAMADO – Os jogadores espanhóis, que gostam de jogar em campos úmidos e com a grama baixa que favorecem o estilo de jogo da equipe com muita troca de passes, terão problemas esta tarde. Por causa das condições do gramado da Arena da Baixada, Espanha e Austrália não puderam nem treinar no estádio no domingo, como manda o regulamento da Copa do Mundo em véspera de jogo. Por recomendação da Fifa, o gramado precisou ser preservado.
Assim, os espanhóis treinaram no CT do Caju, do Atlético-PR, base da equipe em Curitiba desde o último dia 8. Já os australianos escolheram o estádio Couto Pereira, do arquirrival Coritiba.
A partida desta segunda é apenas a terceira da Arena da Baixada nesta Copa. E tanto nos confrontos entre Irã e Nigéria, dia 16, como no jogo Honduras x Equador, na última sexta-feira, o gramado apresentou várias falhas. A cada dividida, tufos de grama voavam. A condição climática da capital paranaense, onde faz muito frio nesta época do ano, é apontada como culpada pelo estado do gramado.