Espanha aposta em Valdemoro no jogo diante do Brasil

O ônibus da delegação espanhola foi o primeiro a estacionar no lugar reservado na Arena Madrid para a chegada das seleções participantes do Torneio Pré-Olímpico Feminino de Basquete. A Espanha, anfitriã do evento, fez a abertura da competição, segunda-feira, diante de Ilhas Fiji. E no desembarque das jogadoras era fácil perceber quem era quem. Amaya Valdemoro lembrou muito o estilo dos craques do futebol brasileiro, como Ronaldinho Gaúcho, na chegada aos estádios. Mochila nas costas, fita com as cores da Espanha na testa, fone de ouvidos nas orelhas. Entrou sem falar com ninguém, parecia concentrada.

Valdemoro, como ela prefere cravar nas costas da camisa da Espanha, a de número 13, é a jogadora mais completa da seleção espanhola, talvez do torneio de Madri. É também quem o Brasil precisará marcar na partida desta quarta-feira, a segunda pelo Grupo C do torneio – depois da vitória sobre Fiji na estréia – e que decidirá se a seleção enfrentará o primeiro colocado do Grupo D, Cuba, ou o segundo, a Bielo-Rússia. O jogo será transmitido pela ESPN Brasil, a partir das 7h45 (horário de Brasília).

"A nossa primeira partida aqui no Pré-Olímpico, contra Ilhas Fiji, foi muito fácil, mas já esperávamos por isso. Sabemos, entretanto, que não será assim diante do Brasil", disse Valdemoro. "O Brasil passa por uma transição, mas tem jogadoras rápidas e muito talentosas. Gosto muito do Brasil e do técnico Paulo Bassul".

Em 2004, Valdemoro jogou na cidade de Americana (SP), na equipe da Unimed, sob o comando do hoje técnico da seleção brasileira, Paulo Bassul. Por isso, o respeito e o carinho. Hoje, no entanto, ela joga no CSKA Samara, da Rússia, para onde migraram muitas jogadoras talentosas do basquete mundial.

"O Paulinho conhece bastante as coisas do basquete", disse a estrela da seleção espanhola. Do time brasileiro que está no Pré-Olímpico em Madri, Valdemoro elogiou a armadora Claudinha.

Boa para elogiar as "amigas brasileiras", ela é melhor ainda para falar bem de si mesma. Sabe o que representa para o basquete espanhol. "Sou uma jogadora completa, rápida, que joga com o coração e muita garra. Gosto desse meu estilo de lutadora na quadra", contou Valdemoro, que está com 31 anos.

Contra Fiji, Valdemoro jogou 17 minutos e 11 segundos. Chutou 16 vezes e acertou 10, um aproveitamento de 63%. Foi disparada quem mais tentou a cesta no time espanhol. Fez 24 pontos dos 113 marcados na vitória da Espanha.

Paulo Bassul conhece bem o potencial da espanhola. Por isso, já encarregou Micaela de marcá-la o tempo inteiro no jogo desta quarta-feira. "A Espanha joga em função da Amaya. E nós não podemos deixá-la livre. A Micaela ficará com ela enquanto ela estiver na quadra", revelou o treinador brasileiro, que também conta o pacto feito com a amiga espanhola no único encontro que tiveram até agora em Madri. "Combinamos que Espanha e Brasil conseguirão vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Tomara".

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