Um jogador de hóquei da seleção eslovena foi reprovado em um exame e se tornou nesta terça-feira o terceiro caso de doping confirmado durante esta edição dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. O próprio atleta, Ziga Jeglic, informou que testou positivo para uma substância proibida, utilizada para combater a asma, que ele disse ter ingerido sob orientação médica. Porém, o competidor reconheceu que esqueceu de obter a aprovação oficial para utilização deste medicamento.

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A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) afirmou que o jogador da Eslovênia testou positivo para o uso de fenoterol em um exame realizado durante o período de competição. A substância é um medicamento que costuma ser usado para combater doenças pulmonares, como por exemplo a asma brônquica, a pneumonia, a bronquite e a tuberculose.

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“Eu tomei o remédio mencionado por causa de asma sob orientação médica. O medicamento foi prescrito a mim depois de ter sofrido com problemas respiratórios na Eslováquia em 2017. Infelizmente, eu esqueci de declarar isso (o uso terapêutico) como uma exceção”, lamentou Jeglic, que foi suspenso da Olimpíada e teve a sua saída da vila dos atletas em Pyeongchang determinada para que ocorresse dentro de um período de 24 horas.

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“Eu peço desculpas pela minha negligência a todas as pessoas envolvidas e aceitos os procedimentos antidoping”, disse o competidor da Eslovênia, que foi eliminada do torneio olímpico masculino de hóquei no gelo na Coreia do Sul ao ser derrotada por 2 a 1 pela Noruega, na prorrogação, em partida realizada nesta terça-feira. Jeglic foi descartado do confronto antes da revelação do seu caso de doping.

Jogador de ataque da seleção, o esloveno de 29 anos disputou os três jogos da fase preliminar desta modalidade em Pyeongchang e marcou o gol decisivo do seu país na vitória por 3 a 2 sobre a Eslováquia, no último sábado, um dia depois de realizar o teste que apontou o uso da substância proibida.

Antes da revelação do caso de Jeglic, o japonês Kei Saito, da patinação de velocidade, foi confirmado há uma semana como o primeiro caso de doping dos Jogos de Inverno de Pyeongchang. O atleta testou positivo em um exame para a substância acetazolamida, um diurético que pode mascarar a presença de outras substâncias proibidas. Ele também foi suspenso e aceitou a punição aplicada.

Já o segundo caso de doping desta Olimpíada estourou na última segunda-feira e envolveu o russo Alexander Krushelnitsky, que conquistou a medalha de bronze na prova das duplas mistas do curling junto com a sua mulher, Anastasia Bryzgalova.

Com a Rússia proibida de competir nesta Olimpíada de 2018 sob a sua bandeira por causa do enorme escândalo de dopagem durante a edição passada da competição, em Sochi-2014, Krushelnitsky estava entre os 168 atletas russos que participam do grande evento sul-coreano defendendo uma bandeira neutra e sem poderem usar uniformes contendo o nome ou as cores da nação.

Krushelnitsky testou positivo para o uso de meldonium, mesma substância cuja utilização provocou recentemente uma suspensão de 15 meses à tenista russa Maria Sharapova, flagrada em exame realizado no Aberto da Austrália de 2016.