Após deixar a China em 1989 como heroína nacional, a esgrimista Luan Jujie, de 50 anos, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, retorna a seu país natal para competir nas Olimpíadas de Pequim, só que dessa vez pelo Canadá, país que a acolheu vinte anos atrás.

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“Voltei à ativa porque queria viver esta experiência como atleta. A China fez coisas espetaculares para preparar as Olimpíadas e eu não podia faltar”, conta a atleta, que participou como canadense nos Jogos de Sydney 2000.

Luan, que decidiu voltar às competições quando a China foi confirmada como sede das Olimpíadas de 2008, é um bom exemplo do grupo das chinesas emigradas que conquistaram uma cidadania diferente e agora retornam ao país de origem para competir como estrangeiras.

Outros exemplos são as mesatenistas Tan Wenling Monfardini, da Itália, Liu Jia, da Áustria e Li Jia Wei, que competirá por Cingapura.

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“Não é a primeira vez que volto à China. A cada dois ou três anos trago também meus filhos. Sempre me comoveu o contínuo afeto das pessoas, que me reconhecem ainda pelas ruas… Os meus filhos sempre ficam de boca aberta. Essa é uma ocasião diferente e agora eles podem entendê-la. Quis que respirassem a atmosfera olímpica e eles estarão no ginásio para me apoiar”, disse Luan em uma coletiva de imprensa.

A esgrimista, duas vezes considerada como atleta do ano na China, em 1984 e 1989, teve também papéis oficiais na administração do país onde nasceu. Por oito anos ela foi membro da Assembléia Legislativa da província de Jiangsu.

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Questionada sobre como se sente ao voltar como atleta de outro país, Luan respondeu que “o esporte é o esporte, não importa por quem se compete”.