A escolha do árbitro Djamel Haimoudi desagradou ao técnico dos Estados Unidos, o alemão Jürgen Klinsmann, para o duelo da sua seleção contra a Bélgica nesta terça-feira, em Salvador, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O motivo é o idioma francês compartilhado pelo juiz argelino e pelos belgas, o que poderia facilitar a comunicação entre eles. Além disso, Klinsmann atentou para o fato de a Argélia ter sido eliminada pelos Estados Unidos no último Mundial.

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“Bom, nós esperamos que isso não seja um problema”, disse. “Nós sabemos que ele já apitou dois jogos nessa Copa e o fez bem. Então, desejamos que ele continue com essa perfeição”, acrescentou, ponderando que aceita a “complicada decisão” da Fifa, mas que tem “o direito da dúvida”.

Quem não gostou nada das declarações de Klinsmann foi o treinador dos belgas, Marc Wilmots. Para ele, o treinador alemão está querendo arrumar desculpas para a decisão, alegando que esse tipo de coisa faz parte do futebol. “Eu raramente falo com juízes, isso é um fato. Os três juízes dos jogos da fase de grupos, nunca falei com eles. E o árbitro está ali não para falar, mas para apitar o jogo”, rebateu.

Aos 43 anos, Haimoudi trabalhou na Copa Africana de Nações em 2008 e 2012, além de ter apitado a decisão pelo terceiro lugar da Copa das Confederações do ano passado entre Itália e Uruguai, também em Salvador. Neste Mundial, ele fez os jogos entre Holanda e Austrália, em Porto Alegre, e entre Costa Rica e Inglaterra, em Belo Horizonte.

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