A derrota no clássico impediu que o Paraná Clube chegasse à quarta colocação do campeonato brasileiro. Este, a rigor, foi o único prejuízo que o revés de domingo trouxe ao time do técnico Cuca. Ao permitir a virada no placar, o Tricolor caiu para a sexta colocação, mas se mantém como a melhor equipe paranaense na competição após sete rodadas. Mas, deficiências quase crônicas se tornaram bem mais palpáveis nesta partida e a missão da comissão técnica passa a ser corrigir estes erros para pôr um fim às oscilações que impedem a afirmação do Paraná na ponta da tabela.
Cuca não disfarçou seu descontentamento com os erros de posicionamento e com a ineficácia dos laterais. Os jogadores reconhecem que houve desatenção nos dois lances que originaram os gols do Coritiba. “Fui para a cobertura do Sandro e ninguém ocupou minha posição”, disse Cristiano Ávalos. “Por isso, o Edu apareceu livre.” Quando o segundo gol aconteceu, Cuca já havia colocado César Romero para executar marcação individual em Edu Sales. Mas, outra vez, o atacante recebeu livre de marcação e quando a cobertura chegou, era tarde. O cruzamento foi preciso, na cabeça de Marcel.
Para os jogadores, o Paraná deixou de “matar” o jogo quando desperdiçou duas chances claras de gol, a principal delas com Fernandinho, no segundo tempo. Todos reconhecem, no entanto, que o time recuou em demasia e por isso não conseguiu novamente um bom volume de ataque. Isso já ocorrera no jogo frente ao Fluminense, no Maracanã. “Fora de casa, ainda estamos devendo. Pelo menos, temos tido boas atuações no nosso estádio e isso nos dá tranqüilidade para esta semana de preparação”, disse o capitão Ageu, que retorna ao time após cumprir suspensão.
O frágil desempenho dos alas continua sendo o ponto destoante no time tricolor. Milton ainda não se firmou na direita e Fabinho está distante do futebol que o levou para a seleção sub-23 no ano passado. Sem qualidade no apoio e errando muitos passes, ele não tem dado sustentação ao lado esquerdo do time. Para piorar, no clássico o seu desempenho defensivo também deixou a desejar. No íntimo, Cuca já deve estar pensando em alternativas para estas posições. Para o lado direito, Valentim seria a opção, caso seu nome apareça no BID -Boletim Informativo Diário – da Confederação Brasileira de Futebol. A sua documentação foi encaminhada à entidade na semana passada.
Fernando Miguel é dúvida contra Ponte Preta
O meia Fernando Miguel passou a ser a principal preocupação da comissão técnica para o jogo frente à Ponte Preta, sábado, no Pinheirão. O jogador ainda sente muitas dores na perna direita, resultado da “solada” que recebeu do atacante Lima. O lance deu origem à jogada onde surgiu o primeiro gol do Coritiba. “Falhamos na marcação, mas se o juiz desse a falta, o gol não sairia”, comentou o volante.
Fernando Miguel passou por uma radiografia e não houve fratura. “Somente o trauma. Vamos ver como será a evolução do caso”, disse o médico Rafael Kleinschmidt. O zagueiro Cristiano Ávalos e o meia Fernandinho também passaram pelo departamento médico, mas apenas com contusões leves, que não preocupam para o jogo contra a Macaca. O atacante Renaldo passa hoje por um exame mais detalhado, pois antes do clássico se queixou de tontura. Há suspeita de alguma virose.
No treino de ontem à tarde, somente para os jogadores que não atuaram diante do Coritiba, Rodrigo Silva foi a baixa. Ele sentiu uma “fisgada” na coxa direita e hoje deve se submeter à uma ecografia.
