Equipes criticam presidente da FIA por escândalo sexual

O escândalo sexual envolvendo o presidente da FIA, Max Mosley, não passou batido pelas equipes da Fórmula 1. Depois de ficar em silêncio durante a semana, representantes das escuderias manifestaram-se nesta quinta-feira (03). Toyota, Honda, BMW e Mercedes-Benz – sócia da McLaren – divulgaram notas de repúdio ao comportamento do dirigente inglês.

Mosley foi flagrado com cinco prostitutas, no que a imprensa inglesa chamou de "orgia sadomasoquista nazista". O presidente da FIA pediu desculpas e disse que pretende continuar no cargo. Mas, pelo teor das críticas das equipes, o dirigente pode enfrentar oposição às suas ambições.

Em nota oficial, a Toyota disse que "não aprova todo e qualquer comportamento que possa ser visto como prejudicial à imagem da Fórmula 1, e em particular se este comportamento puder ser interpretado como racista ou anti-semita". A montadora japonesa afirmou, também, que "depois de todos os fatos expostos, caberá à FIA decidir se o senhor Mosley tem qualidades morais para continuar na presidência".

BMW e Mercedes, duas montadoras alemãs que participam da categoria, classificaram o episódio como vergonhoso. E não fizeram coro com as afirmações de Bernie Ecclestone, de que o incidente não interfere no trabalho do presidente no comando da FIA. "Isso atrapalha Mosley tanto pessoalmente quanto no exercício de seu cargo. E as conseqüências se estendem para além do mundo do automobilismo.

Para a Honda, o comportamento do inglês não condiz com a importância do cargo por ele ocupado. "É necessário que as figuras que estão no topo do esporte e dos negócios mantenham o mais alto padrão de conduta, para que realizem seu trabalho com integridade e respeito.

A montadora japonesa é a mais efusiva na campanha para que a FIA "repense" a posição de Mosley. "A Honda está muito decepcionada e preocupada com a reputação da Fórmula 1. Pedimos que a FIA considere muito essa questão e tome uma decisão imediata pelo bem do automobilismo e da Fórmula 1.

O presidente da FIA, ao ser procurado para responder às manifestações das montadores, disse que preferia ser procurado antes, para conversar, sem que as notas oficiais fossem divulgadas à imprensa

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