Opinião

Equipe Tribuna 98 dá seu parecer sobre jogo na Arena da Baixada

Rodrigo Sell

“Tesão aqui, né piá?” indagou Daniel Castellano, fotógrafo da Gazeta do Povo, deslumbrado com a proximidade do gramado, com a grandiosidade do estádio e do espetáculo. Estávamos atrás de uma placa procurando as melhores imagens. Concordei em gênero, número e grau. A Arena ficou mesmo um tesão e a diferença entre alguém trabalhando/captando imagens para um torcedor é de menos de dois metros, considerando a primeira fila.

Não dá apenas para assistir! Não tem como ficar imune às emoções que emanam do gramado ou da arquibancada. Você fica envolvido por uma aura esportiva, muito competitiva, mas também de integração. Sem as grades, sem as divisões de torcida, o show é outro e olha que a Baixada já era diferenciada e proporcionava uma sensação diferenciada ao torcedor atleticano. Nigerianos ao lado de iranianos e todos eles ao lado de rubro-negros, coxas, paranistas e tantos outros irmanados para ver um jogão. Está certo que a partida foi fraca, as vaias foram merecidas, mas a experiência de Copa do Mundo na Baixada foi inesquecível.

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Cahuê Miranda

Dentro de campo, o jogo entre Irã e Nigéria foi de lascar. Mas o que aconteceu entre as quatro linhas será a última coisa lembrada por quem esteve ontem na Arena. O que vai ficar na memória é uma festa como Curitiba nunca tinha visto antes. Pra quem está acostumado a frequentar os estádios brasileiros, a Copa é de outro mundo. Lado a lado nas arquibancadas, torcedores com as camisas de Atlético, Coritiba, Paraná, Corinthians, Grêmio, Joinville, Argentina, Brasil… Sem nenhuma briga, sem nenhuma tensão. Gozações respondidas com risadas. Cortesia e educação até por parte de policiais e seguranças.

Junto com a torcida, quem brilhou foi a Arena. Com participação posta em xeque até as vésperas do Mundial, o novo, centenário e eterno Joaquim Américo passou na prova com louvor. Mais belo do que nunca, ele estará pronto pra ser a casa  atleticana após mais três partidas da Copa. E que o ambiente de ontem passe a ser deste mundo para os torcedores habituais. Será que é sonhar alto demais?

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Jorge Luiz da Silva

Desculpem-me aqueles a quem doer. Não esperava ver um grande jogo entre Irã x Nigéria. Mas também “aquilo” que eu vi, ontem, na bela Arena da Baixada, ficou muito abaixo do esperado. Não pelo resultado de 0x0, mas por tudo que nele não aconteceu. Tanto Irã, quanto Nigéria ficaram devendo. A certa altura do segundo tempo e após o apito final ajudei no “uuuhhh” para as duas seleções.

O empate foi monótono. Muito pouco em relação à exigência “padrão Fifa” que a entidade pede. Pediu e foi atendida. A bem da verdade – majestosa obra ainda não completada. A Copa das Copas que está acontecendo no Brasil, pra nós paranaenses, ainda não começou.

Sinceramente, ao ver a Arena do Atlético lotada e colorida ontem, me deu saudade de tantos jogos do Amador ou das Bases. Por exemplo, da final da Copa Tribuna de Juniores de 2006 (Atlético 1×2 Paraná), com a antiga Arena lotada, no maior público de base até hoje. Mas, voltando à atual Arena: simplesmente maravilhosa!

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Ana Carolina Bendlin

Quem assistiu ao jogo Irã x Nigéria pela televisão e viu os 40 mil torcedores presentes no estádio vaiando as seleções que estavam em campo, no final da partida, deve ter pensado que o povo da capital paranaense estava fazendo jus à fama de antipático. Mas foi justamente o contrário o que aconteceu. O que se viu dentro e fora do estádio foi um show de animação que eu nunca tinha visto e nunca poderia ter imaginado também.

Apesar de meu ingresso dar acesso a uma das entradas da Coronel Dulcídio, antes de entrar na Arena, dei uma circulada pelo perímetro do estádio, passando, inclusive, em frente à praça, onde a empolgação dos torcedores nigerianos, iranianos e brasileiros me impressionou. Não esperava mesmo aquela animação toda.

Do lado de dentro, olas incansáveis e muitos aplausos rolaram várias vezes no primeiro tempo. Mas, no segundo, toda a empolgação foi perdida com o ritmo (lento) de jogo em campo. Mas os curitibanos não tinham culpa da chatice que foi o jogo!

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