O Paraná Clube tenta “levantar a guarda” para a derradeira luta na Série B. No sábado, o time de Guilherme Macuglia precisa de pelo menos um empate diante do Bragantino, às 17h, na Vila Capanema, para evitar o segundo rebaixamento na temporada. Mesmo tendo um risco de degola estimado em 2%, atletas e comissão técnica não querem depender de outros resultados. “Temos que fazer a nossa parte e vencer esse jogo”, disparou o meia Dinelson.
Mesmo sabendo que com mais um ponto o Tricolor estará matematicamente livre da degola, o jogador entende que atuar pelo empate é um risco desnecessário. “No futebol, quem joga pra empatar está sempre mais perto da derrota. Vamos tentar a vitória, se no final vier o empate, tudo bem”, ressaltou Dinelson, que não esconde um tom de despedida nas declarações. A confirmação de que o Paraná disputará – pela primeira vez em sua história – a Segundona do futebol paranaense foi uma “bomba de efeito moral” dentro do elenco paranista. “É difícil pensar em renovação sem calendário. Mas agora temos mesmo é que estar focados neste jogo contra o Bragantino. O futuro a gente pensa a partir de segunda-feira”, despistou.
O previsível desmanche do grupo ganha novos contornos a partir desta dura realidade. Mais um problema para o técnico Guilherme Macuglia administrar. “Temos, neste momento, que buscar um resgate emocional. Os ventos mudaram a partir do último fim de semana”, admitiu o volante Itaqui.
Na rodada de sábado, o Paraná joga por uma série de combinações que lhe garantem a permanência na Segundona do Brasileiro. Caso vença ou empate seu jogo diante do Bragantino, pode seguir para as férias sem traumas. Porém, mesmo que venha a ter um deslize, o Tricolor ainda escapa da degola caso Icasa, ASA ou São Caetano não vençam seus jogos (contra Portuguesa, Vitória e Criciúma, respectivamente). “Não podemos e não devemos jogar com a sorte. Vimos o que aconteceu na última rodada, quando deu tudo errado”, recordou Macuglia.
Mesmo cientes da profunda reformulação pela qual passará o Paraná, os jogadores se apegam à dignidade para não manchar suas carreiras com um vexatório rebaixamento. “Isso não vai ocorrer. O torcedor pode confiar na gente”, concluiu Dinelson.