Equipe de Foz do Iguaçu ameaça abandonar o Acesso

O AFA/Foz ameaça abandonar a Divisão de Acesso e deixar o pepino na mão da Federação Paranaense de Futebol. Lanterna da Segundona, o time reclama de problemas financeiros e da falta de apoio da cidade.

Ontem, o presidente do clube, Loiri Dalla Corte, chegou a afirmar em entrevistas que havia “99%” de chance de desistência. O discurso do diretor administrativo, Arif Osman, era menos incisivo.

“Vamos decidir até sexta-feira. Garantimos o pagamento de nossas contas até 4 ou 5 de julho. Depois, não sabemos mais”, afirmou. Se o time abandonar mesmo o barco, não entrará em campo domingo, contra o Arapongas.

Osman reclama que não tem apoio da iniciativa privada da cidade. Ele pede até respaldo do poder público para o clube, uma entidade particular. “A média de público tem sido de 400 a 500 torcedores”, afirma o diretor.

O caráter “híbrido” do time pode explicar o desinteresse do torcedor de Foz, que acompanhou em peso a equipe da cidade da 1.ª Divisão, no começo do ano. Após o rebaixamento, a diretoria do Foz “alugou” o AFA/Amerios, que em 2008 jogava em Umuarama. A ideia era levar Foz do Iguaçu de volta à elite já em 2010.

Com a mesma diretoria e parte dos jogadores que disputaram a 1.ª divisão, o AFA/Foz conseguiu a última vaga no hexagonal final de Acesso. Na fase decisiva, o time obteve três pontos em quatro jogos.

A FPF promete aplicar a lei e suspender o clube por dois anos em caso de desistência. Para os diretores pouco importaria, já que o AFA estaria fadado à extinção e o Foz do Iguaçu “original” tem vaga garantida na Segundona em 2010.

O problema maior seria a bagunça na Segundona. O artigo 11 do regulamento diz que os resultados da equipe que abandonar a competição serão desconsiderados. Serrano, Operário e Roma, que venceram a AFA em campo, seriam prejudicados.