Equipe da Aginarc vence mas não leva em Alagoas

A equipe feminina pré-infantil da Aginarc (Associação de Ginástica Artística de Curitiba) sagrou-se vice-campeã da terceira etapa do circuito nacional de ginástica rítmica. Esse pelo menos foi o resultado oficial. Mas nem tudo é assim, pois segundo relato da treinadora da equipe curitibana, Simone Valente Ribeiro, sua equipe foi vítima de um “acordo de cavalheiros” entre a banca de arbitragem.

Normalmente, o resultado de uma competição de ginástica rítmica se dá logo após a apresentação. No caso da etapa disputada no Colégio Santa Úrsula, em Maceió, no último dia 16 de setembro, primeiro dia de provas, o resultado só foi divulgado um dia depois.

O mais estranho é que a equipe campeã, a Multisporte, é da Bahia, local de origem de seis dos 14 árbitros que formaram a banca. Embora as atletas da Aginarc, nas apresentações individuais, tenham terminado entre as oito finalistas, com Duane Kurten (2.ª), Milene Franque (3.ª), Emanoella Benetti (4.ª), Maria Caroline (5.ª), Camila Maziero (7.ª), Stephany Krauser (8.ª), o título geral ficou com as meninas da Multisporte, que possuíam apenas duas finalistas.

a banca de arbitragem, que teve alguns de seus membros ameaçando apresentar as notas aos competidores, teve até discussão sobre o procedimento, suscitando a desconfiança de Simone Valente.

A chefe da banca tomou todas as providências regulamenteres e que eram cabíveis a ela, porem não podia obrigar que o árbitro alterasse sua nota.

No domingo ocorreram as premiações. Quando o conjunto da Aginarc subiu ao pódio no segundo lugar, o público aplaudiu de pé. Mas o momento mais constrangedor foi quando as ditas campeãs subiram ao pódio e foram vaiadas, “uma pena, pois crianças de 9 e 10 anos passam esse vexame pelo erro e irresponsabilidade de adultos que, ao sentarem numa banca de arbitragem, não são imparciais, preservam as amizades e acordos e as crianças nem sabem o que significa”, desabafa Simone Valente.

A Aginarc é composta por meninas carentes que treinam duro 5 horas por dia diariamente, e só tiveram essa chance graças a ajuda de Lúcia Arruda, presidente da Provopar, que desde abril mantém um repasse necessário para que o trabalho tenha continuidade. “O estímulo que o grupo está recebendo através de e-mails, telefonemas, as empurra a terem mais garra ainda”, finalizou Simone.

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