Apresentada na terça-feira (24) por meio do canal de televisão Speed, a USF1 tem como principal objetivo recolocar os Estados Unidos de volta no mapa da Fórmula 1. Pelo menos essa é a expectativa de Peter Windsor, um dos responsáveis pelo projeto que deverá ter um carro nas pista em 2010.

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“O país tem um enorme mercado para as empresas que estão presentes na F-1 e, além disso, ainda tem a economia mais poderosa do mundo”, afirmou Windsor, em entrevista ao site Crash.net. “Tentaremos levar os EUA à categoria, e não a F-1 aos EUA”, continuou o jornalista inglês.

Apesar da boa perspectiva do projeto, Windsor não espera “roubar” a audiência da Nascar, competição de maior público nos Estados Unidos. “Não queremos transformar fãs da Nascar em espectadores da F-1, porque seria difícil, mas acho que existem muitos fãs da F-1 nos Estados Unidos e eles realmente apoiarão a nossa equipe.”

Se realmente disputar um GP, a USF1 será a primeira equipe com sede nos Estados Unidos a correr na Fórmula 1 desde a Shadow, que fechou em 1980. “Sempre quisemos fazer um time nos Estados Unidos, já que a tecnologia norte-americana era, no mínimo, igual à europeia. E agora, como o campeonato está 50% fora da Europa, não é mais um domínio dos europeus”, acrescentou o inglês.

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A futura escuderia terá sede em Charlotte, na Carolina do Norte. A USF1 tem no comando técnico o engenheiro de design Ken Anderson – que trabalhou na Ligier e na Onyx – e o jornalista Peter Windsor, com passagens por Williams e Ferrari.

PILOTOS – Um dos objetivos da USF1 é levar os norte-americanos de volta à Fórmula 1, tanto engenheiros quanto pilotos. No entanto, Windsor não descarta a possibilidade de um dos corredores não ter nascido nos Estados Unidos.

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“Talvez tenhamos um piloto experiente em nossa primeira temporada, que, por definição, não precisa ser norte-americano. A possibilidade é pequena, mas existe”, afirmou Windsor.

Principal favorita a ocupar um dos carros do time, Danica Patrick, que atualmente corre na F-Indy, mereceu um comentário especial de Windsor. “Ela é uma pessoa para a qual devemos olhar. Ela tem talento no volante”, disse. “Todos os pilotos do país que ‘têm as credenciais’ estão em nossa lista.”

Caso seja confirmada pela USF1, Danica será a sexta mulher a competir na Fórmula 1. Já correram na categoria as italianas Maria Teresa de Filippis, Lella Lombardi (a única a pontuar), Giovanna Amati (a última a participar, em 1992), a inglesa Divina Gálica e a sul-africana Desirée Wilsoncom.

Dinheiro

De acordo com Windson, ele e o seu parceiro Ken Anderson possuem capital para fundar a USF1, mas vão necessitar de patrocinadores. “Temos o dinheiro necessário para competir e a crise financeira, de certa forma, até nos ajudou”, declarou.