São Paulo – A decisão da temporada de 1968 foi marcada por um equilíbrio pouco comum. Depois do GP da Itália, Graham Hill tinha apenas quatro pontos de vantagem sobre Jackie Stewart, terceiro colocado – Jacky Ickx era o vice-líder, a três provas do desfecho do Mundial. Durante 35 anos, foi esta a reta final de campeonato mais apertada da história da F-1. Até dia 24 de agosto de 2003.
A três provas do fim, Michael Schumacher, primeiro colocado no Mundial, tem apenas dois pontos a mais que Kimi Raikkonen, o terceiro. Jamais se viu algo igual desde 1950, quando a F-1 teve seu primeiro campeonato.
O equilíbrio do Mundial deste ano é ainda mais expressivo quando se leva em conta o número de provas disputadas em cada ano. Em 1968 eram 12 corridas, o GP da Itália foi a nona delas. Em 2003, são 16 GPs, sendo o da Hungria o 13.º. O calendário atual, mais inchado que o de 35 anos atrás, permitiria que a diferença fosse mais elástica.
A nova pontuação da F-1, porém, favorece o equilíbrio. Na década de 60, o vencedor levava três pontos de vantagem sobre o segundo (9-6) e os seis pontuavam. Desde o início deste ano, o primeiro em uma prova fatura dois pontos mais que o segundo (10-8) e oito pilotos pontuam.