Equador x Brasil nas alturas

São Paulo – A Federação Equatoriana de Tênis definiu o local do confronto entre Brasil e Equador na rodada final do Grupo 1 da Zona Americana, de 7 a 9 de abril. Para sediar o desafio que vale uma vaga nos playoffs do Grupo Mundial, o Equador escolheu a cidade histórica de Cuenca, a mais de 2.500 metros acima do nível do mar.

O confronto será no Cuenca Tênis y Golf Club, onde já existe um estádio para 900 pessoas. Será construída uma arquibancada extra para mais 1.500 torcedores.

Cuenca fica a 440 Km de Quito e 250 de Guayaquil, e tem 350 mil habitantes. É a terceira maior cidade do país e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Por conta da altitude, a temperatura não sobe muito, oscilando entre 13 e 20 graus durante todo o ano.

Assim como fazem os times de futebol que vão ao Equador enfrentar o Deportivo de Cuenca na Libertadores da América, a equipe brasileira também vai precisar se preparar para os jogos em altitude. ?Não foi uma grande surpresa essa escolha do Equador. Já esperávamos alguma coisa semelhante, talvez Quito, também com altitude. Vamos jogar no saibro, onde nossos jogadores estão bem adaptados e precisaremos fazer uma boa adaptação à altitude. Mas ao contrário dos jogadores de futebol, por exemplo, para os tenistas, chegar uma semana antes, como sempre fazemos, e treinar bastante é o suficiente para adaptar o físico e pegar o tempo de bola?, explicou Fernando Meligeni, capitão do Brasil na competição.

Mais 2 eliminados no Sauípe

Costa do Sauípe – O tênis brasileiro sofreu a sua segunda derrota ontem no Brasil Open, torneio disputado na Costa do Sauípe (BA) em quadras de saibro. Depois da eliminação do gaúcho André Ghem, o paulista Ricardo Mello foi batido pelo sérvio Boris Pashanski, que marcou 6/2 e 6/3.

Atual número 183 do mundo (caiu 34 posições no ranking nesta semana), Mello enfrentou Pashanski pela primeira vez no circuito da ATP. Campeão de cinco torneios challengers no ano passado, o sérvio (58 do mundo) é muito consistente no fundo de quadra e pouco permitiu ao brasileiro na partida. Antes de jogar o Brasil Open, Mello não havia passado da estréia em nenhum dos quatro torneios que disputara na temporada 2006.

Outro eliminado foi o gaúcho André Guem. Ele foi derrotado pelo espanhol Alberto Martín por 2 sets a 1 – com parciais de 6/2, 3/6 e 6/3. O jogo foi válido pelas oitavas-de-final do torneio disputado na Costa do Sauípe, na Bahia.

Mais cedo, o maior favorito ao título, o argentino Gastón Gaudio, também foi eliminado ao perder para o francês Olivier Patience por 2 sets a 0 -com parciais de 6/2 e 6/2. Nos outros jogos da rodada da tarde, o checo Jiri Vanek bateu o italiano Filippo Volandri por 2 a 0 (6/0 e 6/1) e o argentino Juan Monaco venceu o checo Lukas Dlouhy também por 2 a 0 (6/1 e 6/1).

Guga: a decadência de um campeão

A forma como Gustavo Kuerten foi eliminado do Brasil Open, ao perder para o gaúcho André Ghem – um tenista de poucas conquistas e sem experiência -, deixa a sensação de um fim de linha para o maior astro do tênis brasileiro. Guga perdeu para sua falta de movimentação, ausência de ritmo, frustrou a torcida e foi incapaz de manter sequer uma mínima regularidade. Está muito distante do que já foi e, aos 29 anos e duas cirurgias, mostra que seu caminho será penoso, ainda sentindo um pouco de dor e sem muita mobilidade no quadril.

O resultado, especialmente da forma como aconteceu, revela perspectivas sombrias para o tenista nesta sua volta ao circuito profissional, como ele mesmo reconheceu após o jogo. ?Joguei muito menos do que esperava. Sei que posso fazer melhor?, admitiu Guga.

Esta esperança ainda motiva Guga, que ontem tirou um dia de folga na Costa do Sauípe, como se quisesse esquecer de sua estréia. Esteve na piscina do hotel, foi jogar um pouco de golfe. Relaxou e procurou deixar o tênis de lado. Ele vai voltar à quadra do Brasil Open hoje para a segunda rodada de duplas, ao lado de André Sá, quando terão pela frente os checos Frantisek Cermak e Leos Friedl, cabeças número 1.

Guga insiste em tentar voltar ao seu melhor tênis, apesar das críticas, do pedido de aposentadoria da torcida – já demonstrado em pesquisa do Portal do Estadão – e da histórica dificuldade encontrada por tantos outros tenistas que enfrentaram situação parecida.

Saretta fora

Para completar a semana sofrível do tênis nacional, o paulista Flávio Saretta foi eliminado ontem do Brasil Open e o torneio não conta mais com representante na sua chave principal. Saretta buscava vaga nas quartas-de-final, mas não resisitiu ao espanhol Nicolas Almagro, com parciais de 7/5 e 7/5. Na primeira rodada, o brasileiro havia eliminado outro tenista da Espanha, o cabeça-de-chave 2, Juan Carlos Ferrero. Assim, esta é a pior participação nacional, já que o país sempre teve representante nas semifinais.

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