Entrada de Denílson mexe com o time

Das três substituições que o técnico Luiz Felipe Scolari fez no time Brasil no jogo desta segunda-feira contra a Turquia, a entrada de Denílson no lugar de Ronaldinho Gaúcho foi a que mais fez diferença no modo de jogar da equipe. Com o meia do Paris-Saint Germain bastante longe de apresentar o futebol que muitos acreditam seria o destaque da Copa, mais uma vez coube a Denílson tentar dar o algo a mais no time de Felipão.

?Eu entrei para fazer a minha parte. Meu pensamento é ajudar o grupo?, disse o jogador do Real Bétis, garantindo não estar preocupado em sair jogando como titular desde o início do jogo. ?Isso é com o professor, depende dele?.

A rotina a torcida pedir a sua entrada em campo não o motiva a querer dar show. ?Eu fico feliz pelo povo ter esse carinho comigo, mas realmente temos que trabalhar para conseguir o que for melhor para a equipe?.

Os dribles nos adversários e os toques mais refinados empolgaram a torcida no estádio Munsu, mas não os turcos, que em alguns momentos caçaram o brasileiro. ?Irritar os adversários é a minha função. Podem até me caçar em campo. Isso faz parte da minha vida, já estou acostumado. Desde que não venham na maldade?. O craque conta que esse estilo não se resume ao campo. ?Sou um cara que zoa todo mundo mesmo.

Fico brincando o e tempo todo com os meus companheiros?.

A segunda substituição na partida – a entrada de Luizão no lugar de Ronaldo – foi de ordem física, já que o jogador da Inter de Milão não tem condições de disputar uma partida inteira. O desempenho do jogador do Grêmio não conseguiu chegar perto do que apresentou Ronaldo, mas acabou tendo uma influência definitiva no resultado: Luizão acabou conseguindo que o juiz coreano marcasse o pênalti que garantiu a vitória brasileira.

O atacante bem que tentou escapar, mas acabou admitindo que cavou o pênalti. Logo depois da partida, Luizão ainda sustentava ter sido derrubado dentro da área. ?O cara (Ozalan) vinha me puxando desde o início da jogada?, argumentou o atacante. ?Foi pênalti, sem dúvida?, acrescentou. Minutos depois, já na entrevista coletiva, ele mudou de atitude. Ao ouvir o comentário de um jornalista sobre se tinha tentado ?levar o juiz no papo? ele confessou. ?Cavei. Não levei no papo, mas nestas horas é preciso um pouco de malandragem?, revelou. ?Eu soube aproveitar a chance. O professor (Scolari) pediu que eu entrasse e que eu fosse o Luizão de sempre. Quando cheguei eu não estava bem, mas com muito trabalho acho que consegui meu espaço. Na minha avaliação, acho que tive uma boa atuação?.

Luizão lembrou que está se notabilizando por participar de lances importantes na história recente da seleção. Além do pênalti de hoje, marcou dois gols na partida contra a Venezuela, que deram a classificação ao Brasil para a Copa do Mundo. ?Não sou eu que dou sorte. Isso é natural , acontece?.

O atacante do Grêmio não concorda inteiramente com a avaliação de Felipão, segundo a qual os atacantes erraram muito nas finalizações.

?Faltou um pouco de sorte. Além disso, o goleiro deles jogou muito bem e fez ótimas defesas?, disse.

A terceira substuicao foi Vampeta, para o lugar de juninho Paulista.

O volante também nao conseguiu fazer muito, mas considerou bom o resultado. ?Primeiro jogo é assim mesmo, nervoso e tenso, mas o que importa é que conseguimos o resultado que queríamos na estréia?.

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