Uma cena marcou o início do segundo tempo do jogo-teste entre Atlético e Corinthians. Enquanto todo o time reserva do Furacão atuava, o atacante Nathan se aquecia sozinho. Era um solitário “bancário” enquanto todo mundo tinha a chance de aproveitar a festa da reabertura da Arena da Baixada. Em litígio com a diretoria rubro-negra por conta da não renovação de contrato, Nathan entrou apenas aos 21 minutos – antes que se tornasse uma espécie de “Jorge Mendonça do terceiro milênio” (o meia ficou 45 minutos se aquecendo numa partida da Copa do Mundo de 1978).
O jogador e seu pai, que cuida dos interesses do atacante, não aceitam a extensão automática do vínculo contratual, e querem um reajuste salarial. Na semana passada, o Atlético pediu à CBF que não convocasse Nathan para a seleção sub-20 que vai disputar o Torneio de Toulon, o mais tradicional das categorias de base. A alegação seria que o jogador estaria nos planos do time profissional, mas de lá para cá ele não foi usado contra o Internacional e teve essa insólita participação na partida de ontem.