O enduro eqüestre, uma modalidade de competição onde o conjunto cavalo/cavaleiro deve vencer um trecho estipulado, chegou ao Brasil há cerca de quinze anos. Foi nesta época que o curitibano Pedro Werneck, morando no Rio de Janeiro e já envolvido com atividades hípicas, foi um dos primeiros a se inteirar da prática.
Como pioneiro, assim como Homero Diacopolus e o cavaleiro Marcelo Strauss, Werneck foi logo convidado pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) a desenvolver a modalidade.
O trabalho rendeu frutos e os enduristas dos estados de São Paulo (principal centro no País), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso do Sul, contam hoje com campeonatos regionais organizados e que fazem do Brasil uma das nações em ascensão na modalidade.
O Paraná, no entanto, não teve o mesmo nível de organização e Werneck, no final do ano passado, foi convidado a desenvolver o esporte no Estado. ?Era um sonho antigo de retornar ao Paraná e o convite somente acelerou a realização deste sonho?, conta Werneck, que aceitou o convite do atual presidente da Federação Paranaense de Hipismo, Nélson Ribas.
Logo depois de aceitar o convite de Ribas, Werneck conheceu o professor da PUC-PR, Sérgio Beck, que ministra aulas na área. Através dele, entrou em contato com Aristides Athaide, que estava preparando o lançamento de um centro de treinamento para o enduro eqüestre, na Fazenda das Araucárias, em Piraquara.
Há cerca de dois meses, Werneck e Athaide se uniram e colocaram em funcionamento o Centro de Treinamento da Fazenda das Araucárias, que no último fim de semana realizou o primeiro curso de iniciação na modalidade no Paraná, neste novo período.
?Ao mesmo tempo em que o enduro eqüestre começou a ser desenvolvido no Brasil, aqui no Paraná a modalidade também começou há quinze anos. Mas não houve continuidade no trabalho, e o que hoje estamos tentando, é uma retomada no crescimento?, explica Werneck.
Na Fazenda das Araucárias, o CT desenvolve além do enduro eqüestre, outras modalidades, como iniciação em saltos e equitação.
Segundo Werneck, o enduro eqüestre é a mais barata entre as seis modalidades que integram o programa da Federação Eqüestre Internacional (FEI). ?Com cerca de R$ 10 mil, o interessado pode adquirir um bom cavalo para iniciar a modalidade?, estima Pedro, para quem o custo de manutenção do animal mais o pagamento de um treinador (para o cavalo e o cavaleiro), tem um custo mensal da ordem de mil reais.
