Empresas áreas criticam fechamento do Santos Dumont durante a Olimpíada

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) emitiu nota no fim da tarde desta quarta-feira para lamentar a decisão do Comitê Gestor dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, órgão do Governo Federal, que mais cedo aprovou o fechamento do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, durante a realização das provas de vela nos Jogos Olímpicos do ano que vem. O local ficará sem pousos e decolagens de 8 a 18 de agosto de 2016, das 12h40 às 17h10.

“A cidade do Rio de Janeiro tem dois aeroportos disponíveis para a aviação comercial de grande porte. O SDU (código do Santos Dumont) é de extrema importância para os cidadãos, envolvidos ou não com o evento esportivo, por causa dos voos com origem ou destino no aeroporto, bem como para aqueles que têm o aeródromo como ponto de conexão. Em razão dessa interdição, a malha aérea nacional será afetada”, alega a ABEAR.

A entidade diz que não foi comunicada oficialmente pelas autoridades aeronáuticas do País e afirma que “a decisão tem grande potencial de saturar estruturas de apoio aos serviços aéreos”, citando o transporte até o aeroporto do Galeão e serviços de alimentação.

No comunicado, a ABEAR diz que a decisão tomada nesta quarta-feira foi tardia e que o setor alertou os “diversos atores envolvidos” sobre as implicações do fechamento do Santo Dumont. “Com intuito de colaborar com as autoridades, as empresas aéreas foram buscar assessoria internacional para prover uma alternativa à interdição do aeroporto. Infelizmente, a proposta não foi considerada”, criticam as empresas aéreas.

Estimando que 150 mil passageiros possam ser afetados pela medida, a associação ressalta que “a interrupção obrigará a reacomodação de voos planejados para Santos Dumont, ficando sujeitos à absorção por estruturas ainda em construção no aeroporto do Galeão”.

A interrupção é necessária por causa do helicóptero que fará as transmissões da prova e também para não alterar as condições ideais para a competição, já que a área de manobra dos aviões fica próxima aos locais de realização dos jogos na Baia da Guanabara.

“A audiência acumulada dos Jogos de 2016 está estimada em 5 bilhões de espectadores em todos os continentes e as competições de vela estão entre as melhores imagens do Rio que as televisões vão mostrar ao mundo. Por isso é importante conciliar as demandas da organização do evento com as necessidades do aeroporto”, argumentou o ministro do Esporte, George Hilton.

De acordo como Comitê Gestor, agora as autoridades aeroportuárias do País vão elaborar um plano de ação para minimizar os impactos no tráfego aéreo. De acordo com a ABEAR, cerca de 70% dos voos que passam pelo Santos Dumont se conectam com aeroportos de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte Curitiba, Porto Alegre e Vitória.

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