Depois de infrutíferas tentativas de parcerias (com Paraná Clube e Atlético Paranaense, inclusive), a diretoria do Grêmio de Maringá jogou a toalha e terceirizou os direitos federativos do clube, com o aval de todo o conselho deliberativo e patrocinadores do Galo. Em sérias dificuldades financeiras e com débitos na Justiça, o Grêmio acabou cedendo à proposta do empresário Aurélio Almeida, que pagou R$190 mil à vista e comprometeu-se a repassar a cota de televisão do campeonato paranaense de 2003, que deve chegar a R$100mil. “Era a única saída para manter o futebol vivo em Maringá”, disse ontem à Tribuna o agora ex-presidente gremista José Calefi.
Além de ter o direito de disputar competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol e Confederação Brasileira de Futebol, Aurélio poderá utilizar toda a estrutura do clube, incluindo o estádio Willie Davids, pertencente à Prefeitura. Mas os poucos jogadores que ainda tinham vínculo com o clube não vão fazer parte do elenco do novo Grêmio. A equipe que disputará o estadual será comandada por dois treinadores, já escolhidos por Aurélio Almeida, e por jogadores vinculados à empresa Império do Atleta.
A assinatura do contrato aconteceu na manhã de ontem, na sede do Cesumar (Centro de Ensino Superior de Maringá), um dos investidores do time. A partir de agora, os departamentos jurídicos da Império e do Grêmio se reúnem para regularizar a situação e eleger novos conselheiros. O nome do novo representante de Maringá também será anunciado nos próximos dias. “Como são os nossos direitos federativos, não poderá fugir da marca Grêmio. Mas o batismo será feito pelo Aurélio Almeida”, concluiu o dirigente.