Marcada para começar ontem, a montagem definitiva do teto retrátil da Arena da Baixada, no primeiro dia dos engenheiros espanhóis da Lanik I.S.A., foi somente de reuniões com a equipe de engenharia do Atlético. Segundo a empresa espanhola, diante do atual cenário das obras, cumprir o prazo estabelecido de finalização da colocação da estrutura, marcado para o dia 30 de novembro, será muito complicado e demandará muito empenho, sobretudo da união de esforços para garantir equipamentos de ponta capazes de concluir com perfeição a colocação da tampa do caldeirão atleticano.

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“Estamos ainda em fase de vistoria e os meus engenheiros, até o final de semana, divulgarão um laudo para tirarmos as conclusões. As reuniões aconteceram somente entre as equipes de engenharia e não avaliamos nada, pois não tivemos acesso à parte de cima e aos equipamentos. Neste primeiro dia não conseguimos enxergar a viabilidade de iniciar a produção. Até o fim da semana veremos quais serão as condições, se tem estrutura capaz ou não e ver se realmente poderemos cumprir esse prazo estabelecido ou não”, explicou César França.

Os engenheiros espanhóis constataram algo que já se esperava. Segundo a empresa espanhola, o escopo da cobertura retrátil deveria ter sido colocado quando o estádio ainda estava sendo construído. Porém, o Atlético decidiu alterar os componentes do objeto original para adequar o projeto aos custos e ao pedido da Fifa, que solicitou que o teto não fosse instalado antes do Mundial.

Na tentativa de içar uma das peças do teto retrátil, ficou constatado a falta de dez metros do guindaste utilizado para concluir o serviço. Este foi apenas um dos problemas e, de acordo com França, se não houver uma mobilização de novos equipamentos e de conjunto entre as partes, o prazo determinado para a conclusão será comprometido.

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“Observamos que o projeto não esteja captando as novas situações, como exemplo, espaço, força de vento, içamento, linhas elétricas, entre outras particularidades. Como a mudança de escopo invariavelmente acarretará a realização de serviço adicional, retrabalho, mobilização de novos equipamentos e até o envolvimento de projetistas, é normal, em primeira análise, que haja aumento das atividades da obra comprometendo o prazo do dia 5 de dezembro para realização do evento. A Lanik fará todo possível, obedecendo as normas de segurança, as normas técnicas e procedimentos legais exigidos pelos fiscalizadores”, reforçou França.

Enquanto as obras efetivamente ainda não engrenaram, o Atlético tem pouco mais de um mês para concluir a instalação do teto, que será fundamental para a Arena da Baixada ter condições de receber o evento de MMA Shooto 52, marcado para o dia 5 de dezembro. Entretanto, para o complexo atleticano receber seu primeiro grande evento, França vê agora um cenário totalmente desfavorável para a conclusão da obra a tempo do prazo estipulado.

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“As alterações estão impactando diretamente o prazo da obra. O ideal deveria ser que essas alterações tivessem ocorrido antes dos jogos da copa, feitas no início da montagem da estrutura metálica principal, quando a engenharia da Lanik poderia avaliar melhor a repercussão da mudança no cronograma. O cenário quanto ao prazo é bem negativo e não há otimismo. Estamos sendo realistas e se o Atlético não se mexer para garantir equipamentos com mais tecnologia, a instalação não será concretizada a tempo”, arrematou.