Dias antes do primeiro prazo estabelecido para a conclusão do teto retrátil da Arena da Baixada – 5 de dezembro -, as obras no estádio atleticano estão praticamente paradas e não chegaram nem na metade da sua finalização. Com apenas quatro das doze vigas içadas, Atlético e Lanik I.S.A., empresa responsável pela fabricação e supervisão da instalação da estrutura, farão, na próxima quarta-feira, uma reunião emergencial para definir novas estratégias para que a tampa do caldeirão seja finalizada o mais rápido possível e não atrapalhe os planos do Furacão em fazer do seu estádio um dos grandes complexos de entretenimento da América Latina.
O diretor-executivo da empresa espanhola, César França, virá para Curitiba com um plano bem traçado para apresentar para o presidente atleticano, Mário Celso Petraglia. Dentre as orientações que serão dadas pela Lanik I.S.A. estão a contratação de mais mão de obra qualificada, aumentar a quantidade de operários, locação de equipamentos de ponta e, principalmente, traçar um planejamento eficiente para dar um ritmo mais acelerado ao processo de colocação da estrutura retrátil.
“Vamos indicar um novo plano e também a contratação de pessoas mais qualificadas, um maior número de contingente e equipamentos de alta tecnologia capazes de realizar com perfeição a instalação do teto retrátil. Vamos pedir a fabricação correta das peças também e pedir que elas sejam montadas em sequência. Eles fabricaram as vigas dez e doze, por exemplo, sendo que não seriam usadas agora. É preciso ter um planejamento mais eficaz. O clube antes não tinha um plano A, nem um plano B, muito menos um plano de contingência. Terá que ser refeito tudo”, explicou França.
Até março
O primeiro acordo estabelecido entre o Atlético e a Lanik I.S.A. para que a empresa realizasse a supervisão da instalação do teto retrátil terminará no início da próxima semana. O clube terá que pagar à empresa espanhola 94 mil euros e, se um novo acordo for feito, França admitiu que a intenção é deixar o teto retrátil pronto para ser usado no final de março.
“O primeiro acordo está acabando e meus engenheiros estão retornando para a Espanha. O custo mensal para que três pessoas fiquem no Brasil é de 100 mil euros e vamos, agora, tentar o máximo possível ajudar o Atlético para que o clube consiga resolver esse problema. Se o Atlético seguir a nossa linha de trabalho eu deixo isso pronto até o final de março. Nossa empresa está engajada em resolver isso, que também virou um problema para nós. É a primeira vez que a Lanik I.S.A. se debate com uma situação dessas e isso pegou muito mal em toda a Europa”, arrematou o dirigente da empresa espanhola.
