Até parece birra

Emprenteiros ainda estão sem receber por obra na Arena

Quase três semanas depois do primeiro protesto organizado por empresários e trabalhadores que prestaram serviços na reforma e ampliação da Arena da Baixada, algumas empresas ainda seguem sem receber da CAP S/A. Com os pagamentos somente de algumas empresas realizados no início da semana, a promessa do clube era de que até hoje todo o débito seria quitado, mas, a exemplo do que vem acontecendo nos últimos vinte dias, o dinheiro ainda não caiu e pior, os empresários não estão sendo mais atendidos pelo departamento financeiro atleticano e seguem sem previsão para receber.

No final da semana e até a última segunda-feira, a CAP S/A havia efetuado o pagamento de seis empresas. Segundo o dono de uma delas, que prestou serviços de limpeza na reforma da Arena da Baixada, Wagner Júnior, que chegou a trancar uma das entradas do estádio com seu veículo no início da semana, afirmou que o departamento financeiro do Atlético havia prometido realizar os pagamentos até hoje, mas desde quarta-feira os responsáveis não atendem mais as ligações dos empresários.

“Eles não atendem, o dinheiro ainda não caiu e é a mesma história de duas semanas atrás. Quando eu tranquei a entrada do estádio recebi a ligação de um dos responsáveis pelo setor financeiro, que confirmou que o Atlético já tinha recebido os recursos da Fomento Paraná e que era o Mário (Celso Petraglia) que estava organizando os pagamentos e conferindo um por um. Me garantiram que até sexta-feira (hoje) tudo estaria quitado, mas até agora nada aconteceu”, lamentou.

Porém, durante a semana, a situação mudou um pouco de figura. Segundo Wagner Júnior, outro dono de empresa, que alugou guindastes para a obra, conseguiu falar com o setor financeiro do Atlético e um dos responsáveis falou que não havia uma previsão e quem está cuidando da situação é o presidente atleticano Mário Celso Petraglia. “A gente tem um monte de conta e funcionários para pagar. Um outro dono de empresa ligou lá e o responsável falou que estava lavando as mãos, que não ia mais atender e se responsabilizar com nada e que era o presidente que estava cuidando dos pagamentos. Nesta semana tentamos ligar e eles não nos atendem mais, nem para passar uma previsão de uma semana ou quinze dias”, declarou.

Se até a semana passada o Atlético usava como desculpa a falta do repasse da última parcela do quarto contrato de financiamento firmado junto à Fomento Paraná, agora, com o dinheiro em caixa desde a última quinta-feira, o clube não informa os reais motivos que o levaram a não fazer todos os pagamentos. Com a mudança de parte da estrutura da sede administrativa para o CT do Caju, os empresários se organizam para a realização de novas manifestações. “Passei lá e vi uma movimentação de mudança. Eles estão se escondendo, mas só queremos o que é nosso de direito. Se for preciso vamos até o CT do Caju para receber o que é nosso de direito”, concluiu Júnior.

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