O Paraná Clube fechou a “minimeta” de três jogos na Série B com sete pontos. Na teoria, um saldo positivo. Porém, o empate contra o Ceará na sexta, em pleno Durival Britto, deixou um gosto amargo para os tricolores. O 3×3 valeu pela superação da equipe, mas expôs deficiências e impediu que o time conquistasse de vez a confiança de seu torcedor. “Teve sabor de derrota”, resumiu Dinelson, ao deixar o gramado. Sentimento compartilhado por todos.

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O resultado também manteve o tabu de jamais ter vencido o alvinegro cearense. Agora, em cinco jogos, são quatro empates e uma derrota. “Pecamos demais no aspecto individual. É algo que precisamos corrigir”, ressaltou o técnico Zetti, numa referência direta ao absurdo número de passes errados do seu time durante a partida. Mesmo com o gramado da Vila Capanema em estado preocupante, ninguém quis usar o fato como “muleta” para o deslize. “Aqui é nossa casa. Temos que passar por cima de tudo. Erramos muito e não dá para ficar arrumando desculpa”, assumiu o volante Adoniran.

O jogador também preferiu não citar o fato de que ao longo dos dez dias entre a vitória sobre o Juventude e o empate com o Ceará teve “pouco tempo” para treinar. É que ele e Alex Afonso passaram boa parte desse período no departamento médico, resultado de fadiga muscular. O ala Alex, há tempos sem jogar, também chegou ao segundo tempo “se arrastando” em campo. “Creio que uma somatória de fatores contribuiu para esse deslize. Inclusive a arbitragem, que foi muito fraca”, lembrou Zetti, mas sem imputar ao trio mato-grossense a culpa pelo revés. “Lamento apenas que eles falharam em lances capitais, que poderiam ter nos dado maior tranquilidade ao longo da partida.”

Nem Zetti nem jogadores, porém, admitem que o time ficou defensivamente fragilizado pela opção tática. “Em casa, temos que atacar mesmo. É natural que eu e o João Paulo encaremos uma sobrecarga, pois atacamos com até seis jogadores”, ressaltou Adoniran. “E tem que ser assim”, emendou. “De tudo o que aconteceu, prefiro destacar a perseverança do time, que lutou até o fim, encurralou o adversário e chegou ao gol de empate”, frisou Zetti. Nas contas do treinador, o Paraná volta a ter um déficit a ser recuperado fora de casa. “Para subir, você precisa vencer fora também.

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E em casa, é obrigação. Estávamos no limite e agora precisamos de um bom resultado fora para reequilibrar essa balança.” O técnico lembrou ainda que o prazo para os ajustes no time entre 7.ª e 8.ª rodadas está se esgotando. “Agora, é hora de arrancar”, disse, admitindo que o empate com o Ceará abortou, momentaneamente, a decolagem do Tricolor nesta Série B.