Empate mantém Paraná no G-8

O Paraná Clube ficou no empate em 1 a 1, com o Corinthians, ontem à tarde, no Estádio Joaquim Américo, partida que encerrou a participação das duas equipes no primeiro turno do campeonato brasileiro 2003. Com o resultado, o Tricolor paranaense se manteve à frente do adversário, com um ponto a mais, mantendo-se na oitava posição ao final do turno. O jogo foi o primeiro no qual o Corinthians pôde utilizar seus reforços. Além de Liédson reestrear – após a frustrada negociação com o futebol ucraniano – o meia Robert (campeão brasileiro pelo Santos no ano passado sobre o próprio Corinthians), trazido do futebol japonês, vestiu pela primeira vez a camisa do Timão. Do outro lado, o Paraná entrou em campo para tentar repetir a boa campanha de 2001, última vez que venceu quatro partidas seguidas. E para isso, Saulo manteve a base, só trocando Marquinhos e Caio, suspensos, por Pierre e Fernandinho.

O jogo mostrou um Paraná decidido, e que as mudanças não foram sentidas, pois os substitutos mantiveram a mesma qualidade técnica. Logo no primeiro ataque, Fernando Miguel viu Fabinho livre pela esquerda. O ala recebeu a bola, avançou e cruzou na medida para Renaldo, livre, só ter o trabalho de colocar a bola no fundo da rede de Rubinho, que nada pôde fazer.

O gol desestruturou o Corinthians e incentivou o Tricolor. O time do técnico Saulo Freitas dominou as ações, criando algumas oportunidades para ampliar, através do bom toque de bola a partir de seu meio-de-campo. Além disso, a defesa paranista, bem posicionada, evitou qualquer ação do ataque corintiano, que pouco criou. Os principais lances da equipe paulista se concentraram em jogadas de bola parada; como na falta cobrada por Robert que obrigou Flávio a praticar grande defesa, ou no escanteio cobrado pelo estreante mosqueteiro, que resultou em bola alçada na área, que Flávio segurou.

Também de bola parada, Renaldo aproveitou cobrança de falta de Fernandinho para assustar Rubinho. No fim da etapa, em outra falta, Maurílio cruzou na cabeça de Ávalos, que testou para fora.

No intervalo, enquanto Saulo manteve o mesmo time, Geninho tirou Betão, para colocar Jamelli. Com o meia, o Corinthians passou a dominar o meio-campo. E logo a 2?, num lance de área, César marcou gol. Mas Fabinho empurrou Ávalos e o árbitro Carlos Simon marcou a falta.

Mas aos 5?, Fabinho acertou um torpedo de fora da área. A bola acertou o ângulo de Flávio, que nada pôde fazer. Com o empate, Saulo também mudou. Tirou Émerson, dando maior poder de marcação ao meio-campo, equilibrando o jogo, que perdeu em qualidade, se resumindo à disputa de meio-campo. Sem a criatividade de Marquinhos e Caio, o Paraná foi mais fácil de ser marcado. Com isso, quem agradecia era a zaga corintiana, que também teve sorte em alguns lances. Por duas vezes a bola acertou a trave de Rubinho.

No último lance do jogo, Flávio ainda cometeu um grave erro. Para evitar um lance de perigo, saiu da área para interceptar a bola por cima. Simon marcou a falta. Mas Rogério cobrou em cima da barreira. No final, o 1 a 1 foi justo pelo desempenho das duas equipes nos dois tempos distintos.

Com as mudanças da tabela, o Paraná enfrenta o Atlético-PR, novamente na Arena, mas desta vez como visitante, enquanto o Corinthians recebe o Figueirense.

Saulo terá a volta de Marquinhos e Caio, mas perderá Cristiano Ávalos, o jogador mais regular do time no 1.º turno. Ele passou 18 rodadas pendurado, e ontem recebeu o terceiro amarelo.

CAMPEONATO BRASILEIRO
1.º Turno – 23.ª Rodada
Local: Joaquim Américo (Curitiba)
Árbitro: Carlos Eugênio Simom (Fifa-RS)
Assistentes: José Carlos Oliveira (Fifa-RS) e André Veras (RS)
Gols: Renaldo, aos 50 segundos do 1.º tempo e Fabinho, aos 5? do 2.º
Cartões Amarelos: Cristiano Ávalos, Fabinho (PR), César e Kléber
Público: 16.097 pagantes (19.641 total)
Renda: 217.462,50

PARANÁ CLUBE
1 X 1
CORINTHIANS

Paraná
Flávio, Valentin, Cristiano Ávalos, Ageu, Fabinho, Fernando Miguel, Pierre, Emerson (Goiano), Fernandinho (Rodrigo Silva), Maurílio, Renaldo (Dênnys), Técnico: Saulo Freitas

Corinthians
Rubinho, Marcus Vinicius, César, Betão (Jamelli), Rogério, Fabinho, Fabrício,  Robert (Fumagalli), Kléber, Liédson, Gil, Técnico: Geninho

Torcida bate seu recorde

A Arena fez bem ao Paraná Clube. A equipe tricolor não se intimidou diante do “poderoso” Corinthians e sua torcida mostrou que responde ao apelo quando tem o respaldo do time, que neste momento vai bem no campeonato. A prova disso foi a Arena recebendo seu quarto maior público no Brasileirão 2003.

Ontem, nada menos que 16.097 torcedores do Tricolor e do Timão pagaram ingresso para assistir ao empate entre as duas equipes. Isso significa que este é o maior público paranista no turno. Os dois maiores públicos do time da Vila, até ontem, foram contra o Atlético (3.ª rodada – 8.905) e contra o Flamengo (11.ª rodada – 8.291).

Ou seja, com o público de ontem, o Paraná faz subir sua média de público de 3.956 pagantes por partida, para 4.967 torcedores cruzando as catracas após pagar ingressos.

Assaltantes levam renda do contador do Paraná

A nota triste para o Tricolor, em relação ao jogo de ontem, foi o assalto que levou R$ 40 mil da renda do confronto contra os corintianos. O contador do Tricolor, Laércio Polanski, chegava à sua casa, no bairro do Capão da Imbuia (próximo ao Detran), no início da noite, quando foi surpreendido pela ação dos assaltantes, que levaram toda a documentação do jogo, parte da renda (R$ 40 mil) e mais um cheque no valor de R$ 500,00. Os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos devem iniciar hoje as investigações do caso.

Calmaria

Os torcedores paranistas que foram ao Joaquim Américo elogiaram o estádio atleticano. A maioria já conhecia a Arena, por ter acompanhado jogos de outras equipes, mas foi a primeira vez que eles ocuparam o espaço da torcida mandante.

Embora a direção atleticana tenha temido depredações, os paranistas mostraram ser inquilinos conscientes. Não houve quebra-quebra ou depredações nas dependências da Arena e a Polícia Militar teve pouco trabalho. O gargalo do que poderia se transformar em confusão (o encontro de corintianos e paranistas na chegada ao estádio), foi bem resolvida pela ação do efetivo empregado no jogo.

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