Empate anima o Paraná para clássico de Domingo

Comissão técnica, jogadores e diretoria estão apostando em “Pinheirão cheio” neste domingo. A procura por ingressos já supera as expectativas e a tendência, segundo o assessor da presidência, Durval Lara Ribeiro, é que até sábado a carga disponível já esteja esgotada. Foram colocados à venda 23 mil ingressos (destes, 2.300 destinados à torcida do Atlético). Os preços básicos são R$ 40,00 para cadeiras e R$ 15,00 para arquibancada, mas torcedores com a camisa do Paraná têm direito a desconto significativo.

Nas cadeiras, o preço cai pela metade e o ingresso de arquibancada para quem estiver com a camisa tricolor é de R$ 10,00. “Precisamos recuperar nossa imagem dentro e fora de campo. Afinal, nos últimos anos, tivemos médias de público muito ruins”, lembrou Ribeiro. “Se dentro de campo as coisas estão bem encaminhadas, esta presença do torcedor só irá nos dar maior tranqüilidade ao longo deste Brasileirão”. A diretoria do departamento de futebol sempre deixou claro que precisaria trazer um “nome de peso” para chamar seu torcedor. Flávio foi contratado com este fim e agora só falta a confirmação de sua estréia para este clássico.

Os dirigentes esperam ainda um crescimento nas vendas do Pass Card, carnê para todos os 23 jogos que o Paraná disputará no Pinheirão. O pacote está sendo vendido a R$ 190,00 e sócios pagam somente R$ 130,00 (tendo ainda acesso ao setor Pais e Filhos. Para o clássico, os ingressos podem ser adquiridos em todas as sedes do Paraná (Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão). Para a torcida adversária, os ingressos só estão à venda na Baixada. Como as arrecadações são sempre dos clubes mandantes, o Paraná quer assegurar uma receita “extra” logo no seu primeiro jogo em casa neste campeonato brasileiro.

A tabela de preços é a seguinte: cadeiras, R$ 40,00; cadeiras para sócios e torcedores com a camisa do Paraná, R$ 20,00; arquibancada, R$ 15,00; arquibancada para sócios, mulheres, menores, estudantes e torcedores com a camisa do Tricolor, R$ 10,00; setor Pais e Filhos, R$ 10,00.

Time pode ter três estréias

Irapitan Costa

No domingo, o Paraná enfrenta o Atlético, no Pinheirão e Cuca já estuda alternativas para as três ausências. Dennys está na seleção brasileira sub 18 e Waldir, o eventual substituto, cumprirá suspensão. Para o ataque, o treinador tem algumas opções, como Dauri, Rodrigo Silva e Caio. No meio-de-campo, Émerson também cumpre automática pela expulsão. Cuca preferiu não antecipar se escalará um volante – César Romero ou William -, para compactar a marcação, ou se partiria para uma formação mais ousada, lançando o meia Fernandinho, recém-contratado. “Será uma semana positiva, pois é bem melhor corrigir erros após um bom resultado”, finalizou Cuca.

Com o “caminho aberto” para Caio e Fernandinho, o Paraná poderá ter até três estréias no clássico. Afinal, a torcida já conta com a presença do goleiro Flávio no jogo de domingo. O jogador – que por oito anos defendeu o Atlético – foi apresentado oficialmente ontem à tarde e já trabalhou com os novos companheiros. No momento, o Tricolor conta com quatro goleiros em seu grupo: Flávio, Darci, Neneca e Bader.

Excesso na meta, carência no ataque, com as saídas de Edivaldo e Flávio (praticamente acertada), o Tricolor tem somente Renaldo, Waldir e Dennys para o setor ofensivo. Dauri e Caio são meias com características ofensivas, mas a comissão técnica ainda aguarda a contratação de um centroavante. Alguns nomes estão sendo sondados – entre eles o de Dênis (do Mogi-Mirim) – mas até o momento não houve definições. A diretoria não confirma mas ainda procura mais um zagueiro para reforçar o elenco.

Motivado

O ponto conquistado fora de casa, diante do campeão brasileiro, foi festejado pelos tricolores. Foi o primeiro teste para o time de Cuca e o Paraná Clube não decepcionou. Chegou a abrir vantagem de dois gols e só cedeu empate depois que ficou com um jogador a menos. Compacto e posicionado para anular as principais virtudes do Santos, o Tricolor passou em sua primeira prova de fogo neste Brasileirão, onde a meta é resgatar a imagem do clube, abalada pelo fraco desempenho nos últimos anos.

“Para a maioria, seríamos goleados sem perdão. Afinal, o Santos possui um time de muita qualidade e que, jogando em casa, coloca uma pressão incrível sobre o adversário e sobre o trio de arbitragem”, comentou Cuca. Foi a estréia no treinador no campeonato da primeira divisão e ele admite que “a adrenalina foi a mil”. O técnico ainda lamentava a expulsão de Waldir, que impediu o desenvolvimento de uma jogada trabalhada insistentemente na semana anterior. “Com mais um atacante pela direita, poderíamos levar a melhor, pois o Santos já partia com tudo e oferecia espaços”, lembra.

Cuca e os demais integrantes da comissão técnica estudaram profundamente o Santos. “Para uma boa estréia, precisávamos saber tudo e mais um pouco do adversário”, admitiu. O treinador já sabia até qual seria a ação de Émerson Leão no intervalo do jogo, quando colocou Nenê e recuou Elano para a ala-direita. “Só que, a partir do momento em que ficamos com um a menos, a saída foi compactar o time e esperar uma chance para o contragolpe”. Cuca ainda reclamou da postura do árbitro, que usou de critérios diferenciados para jogadores do Paraná e do Santos.

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