O atacante Emerson ficou triste ao saber, por um momento, que perderia a reta final do Campeonato Brasileiro por conta de grave lesão no tornozelo esquerdo, sofrida em outubro. Em vez de se abater, resolveu dobrar a dose de esforço para contrariar a previsão dos médicos do Fluminense. Fez três sessões por dia de tratamento e tomou, ao todo, oito injeções anestésicas no local para disputar as duas últimas rodadas.

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Foi com o tornozelo machucado que Emerson empurrou a bola para a rede do Guarani, domingo, no Engenhão, e fez o gol da conquista do Fluminense depois de 26 anos sem vencer o Brasileirão. “O gol do título foi em cima da lesão. É até difícil explicar”, disse nesta segunda-feira.

Ele atendeu a imprensa em uma praça bem arborizada dentro do condomínio em que reside na Barra da Tijuca, zona oeste. Estava de chinelo, bermuda, com uma camisa que fazia referência ao título e com o rosto de sono. Afinal, virou a madrugada comemorando e relembrando a façanha.

“Saí para festejar, voltei tarde para casa e ainda fiquei conversando com os amigos. Não consegui dormir”, comentou, observado de longe por alguns tricolores ávidos por autógrafos e fotos. “Se a torcida tricolor ainda não me ama, está perto. É preciso mais tempo (para conquistá-la de vez). O carinho só vai continuar se houver dedicação no ano que vem.”

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