Foto: Valquir Aureliano/Tribuna
Zagueiro foi a referência da
defesa paranista no ano passado.

Lei do silêncio quando o assunto são possíveis contratações. A diretoria do Paraná Clube tenta, assim, driblar uma possível concorrência. Por isso, a informação não foi confirmada, mas um zagueiro experiente poderia estar voltando à Vila Capanema: Émerson, que disputou o último Brasileiro pelo Botafogo. No ano passado, num período de ?vacas magras?, Émerson foi a referência defensiva do Tricolor no Brasileiro.

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?Todos os clubes estão se reforçando. Não citamos nomes porque isso pode despertar o interesse de outros clubes?, admitiu o vice de futebol José Domingos. Como o grupo já está praticamente fechado, a ordem é trabalhar ?à mineira? nesta busca pelas cinco peças ainda necessárias (goleiro, zagueiro, lateral-esquerdo, meia e atacante). Para a zaga, a outra opção seria um jogador jovem (23 anos), indicado por Luiz Carlos Barbieri. O zagueiro Gustavo disputou a Série B pelo CRB e já passou por Guarani, Goiás e Ponte Preta.

A única negociação realizada às claras envolve o goleiro Flávio. Os dirigentes demonstram tranqüilidade, mesmo reconhecendo que as transações com o Pantera quase sempre são lentas. ?Ele está em Maceió. Acredito, particularmente, que isso só será resolvido em janeiro?, disse José Domingos. O dirigente não esconde que o assédio do Coritiba pode ser um grande obstáculo para a permanência do goleiro na Vila Capanema. ?Mesmo na Série B, eles têm uma verba maior que a nossa?, lembrou Domingos.

Até aqui, o Paraná já apresentou quatro reforços para 2006. O meia Marcos Tora e os atacantes Vandinho, Fábio e Leonardo. ?Nossa política está bem definida. Trabalhamos com calma, buscando qualidade e não quantidade. Além disso, nossa preocupação é encontrar transações que possam nos trazer retorno financeiro num futuro próximo?, explicou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. Além de recursos do fundo de investimentos (formado por conselheiros do clube), o Tricolor continua apoiado pela parceria da L.A. Sports, que promete novos investimentos no Tricolor assim que a transferência de Borges seja concluída.

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Centro de treinamento será no Boqueirão

Com as obras de modernização e ampliação da Vila Capanema, o Paraná Clube passará a utilizar as dependências da Vila Olímpica do Boqueirão para seus treinamentos. O gramado do Durival Britto já está sendo recuperado e a intenção da diretoria é que no final de janeiro o clube possa reinaugurar o seu estádio. Se não houver imprevistos, até sexta-feira a etapa de colocação dos pré-moldados dos novos camarotes estará concluída. Paralelamente a isso, o piso de jogo está recebendo uma atenção especial.

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?Já foi feita a descompactação e o nivelamento do solo, assim como a adubação do gramado?, explicou o vice-presidente e coordenador da campanha ?Vila, tá na hora!?, Márcio Villela. Pelo menos nos próximos trinta dias, o gramado estará fechado para qualquer atividade. Num primeiro momento, os jogadores continuarão utilizando as dependências da Vila Capanema – vestiário, departamento médico… -, até que haja condições para a total transferência do departamento de futebol para a Vila Olímpica, que será adaptada para receber as equipes profissional e de base do Tricolor.

?Esse processo será feito com muita calma. É preciso planejar a melhor forma de integrar todas as categorias, para que não haja prejuízo ao trabalho dos atletas?, comentou Vil-lela. No Boqueirão, há dois campos de treinamento, mas o clube já estuda a possibilidade de implementar mais um campo com medidas oficiais, transformando o local em seu centro de treinamentos.

A diretoria chegou a imaginar a transferência de todo o departamento de futebol – amador e profissional – para o CT do Anhangava, em Quatro Barras. Mas a estratégia teria um custo muito elevado e está momentaneamente arquivada. ?Vamos caminhar de acordo com as nossas condições. O mais importante, no momento, é o investimento nessa volta à nossa casa?, disse Villela.

Com pouco tempo de preparação para a largada do Paranaense – apenas uma semana, já que os atletas voltam às atividades no dia 3 de janeiro – a comissão técnica já preparou o organograma de treinamentos. Os primeiros dias serão voltados às avaliações físicas, mas já intercaladas com alguns treinos técnicos. ?Vamos usar a Vila Olímpica e o Pinheirão, dependendo da nossa necessidade?, disse o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima.

Se as obras fluírem sem problemas, o clube passará a utilizar o Durival Britto a partir da segunda rodada do returno do Campeonato Paranaense, no jogo frente ao Londrina (8 ou 9 de fevereiro). Até lá, o clube mandará três jogos no Pinheirão, contra Roma, União Bandeirante e Paranavaí. ?Até aqui, está tudo dentro do cronograma?, assegurou Villela. Com a finalização da etapa de pré-moldados na ala dos camarotes, terá início a fase de acabamento neste setor e a ampliação da curva de fundos do estádio. No total, o Durival Britto comportará 16.700 torcedores.