Madri – O volante Emerson desmentiu que tenha pedido ao técnico Fabio Capello para não entrar em campo pelo Real Madrid na partida da última terça-feira, contra o Bayern de Munique, pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões. ?Sou profissional e nunca me neguei a jogar uma partida sequer. Ainda mais sob o comando do Fabio Capello, a quem conheço há muito tempo e que confia muito em mim?, declarou o brasileiro.
O técnico também desmentiu o ocorrido e defendeu seu pupilo. ?Ele não cometeu um ato de indisciplina. Ele não disse que não jogaria. Emerson é jogador do Real Madrid e conto com ele?, esbravejou o italiano, que só falou sobre o assunto depois de muita insistência dos jornalistas e não respondeu a outras perguntas.
Emerson estava no banco de reservas e, segundo notas publicadas pela imprensa espanhola na quarta-feira, teria se recusado a entrar em campo ao ser ordenado por Capello. O Real venceu o jogo por 3×2, e Capello só fez duas alterações: colocou Bravo no lugar de Roberto Carlos e Robinho no de Higuaín.
Situação semelhante ocorreu há dez dias no arqui-rival Barcelona quando o atacante camaronês Eto?o se recusou a entrar nos minutos finais de uma partida e foi publicamente criticado pelo técnico Frank Rijkaard. O africano respondeu chamando o treinador de ?mau caráter?, e não foi relacionado para as últimas partidas do time catalão.
No Real, porém, a relação entre técnico e jogador é diferente. Emerson e Capello já haviam trabalhado juntos na Roma e na Juventus, e o volante foi contratado logo após a Copa do Mundo por recomendação do treinador italiano. No último sábado, porém, Emerson foi vaiado pela torcida do Real durante o empate com o Betis, pelo Espanhol.