Jogos Pan-Americanos

Emanuel e Alison garantem ouro no vôlei de praia

Emanuel e Alison confirmaram o favoritismo e conquistaram com tranquilidade, neste sábado, em Puerto Vallarta (MEX), a medalha de ouro do vôlei de praia masculino dos Jogos Pan-Americanos de 2011.

Campeões mundiais e do Circuito Mundial neste ano, a dupla brasileira venceu os venezuelanos Hernandez e Mussa por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 21/12, na final da competição.

Favoritos disparados ao título, Emanuel e Alison chegaram a ser derrotados pelos cubanos Gonzalez e Piña na primeira fase do Pan e na semifinal perderam um set de forma surpreendente para os mexicanos Miramontes e Virgen, na última sexta. Neste sábado, porém, eles tiveram uma atuação sólida para assegurar o ouro.

O título deste sábado foi apenas mais um de peso na consagrada carreira de Emanuel, de 38 anos. Jogando ao lado de Ricardo, ele já havia sido campeão pan-americano em 2007, no Rio, três anos depois de ter conquistado o ouro olímpico em Atenas, também ao lado de Ricardo. Com o feito deste sábado, ele também se tornou o primeiro homem a ganhar duas medalhas de ouro pan-americanas no vôlei de praia.

Alison, por sua vez, foi eleito o Rei da Praia em 2011 e também o melhor jogador do último Campeonato Mundial. Agora, o brasileiro comemora o fato de ter conquistado um inédito ouro para ele em um Pan, atuando ao lado de uma das lendas do vôlei de praia.

“O gostinho é maravilhoso. Queria agradecer aos 190 milhões de brasileiros, ao COB, à CBV. Tenho que agradecer todo mundo que apoiou, obrigado Brasil, é uma felicidade muito grande representar o Brasil e espero estar lá na Olimpíada no ano que vem”, afirmou Alison, em entrevista para a TV Record, logo após o triunfo deste sábado.

Em seguida, ele destacou o exemplo que Emanuel é em seu esporte e enfatizou que derrota para a dupla cubana na primeira fase acabou servindo como lição durante a campanha rumo ao ouro no Pan.

“O Emanuel está de parabéns, o cara tem 38 anos e está jogando muito. Estou ‘conservando’ ele… É um grande amigo dentro e fora de quadra. E a derrota para Cuba nos fez aprender muito”, acrescentou, brincando com a idade do seu parceiro.

Emanuel, por sua vez, destacou que se sente muito bem para seguir conquistando títulos, mesmo no alto de seus 38 anos, e também admitiu que o revés diante dos cubanos na primeira fase serviu como aprendizado, apesar de sua longa experiência no esporte.

“Está muito gostoso de jogar. E cada vez tentamos buscar coisas maiores para o Brasil. Sempre aprendo com as derrotas, naquele jogo (contra os cubanos) a gente entrou apenas pensando em um jogo estratégia, e isso não dá certo em um sol quente como esse”, afirmou, antes de admitir que a derrota o fez mudar até o jeito de atuar na continuidade do Pan. “Nos jogos seguintes, entrei forçando mais o saque, por exemplo. O que vale é que somos campeões pan-americanos.”

Agora bicampeão pan-americano, Emanuel ainda festejou o legado que deixará para as próximas gerações de jogadores do Brasil. “Com o título, não penso só em mim, penso nos brasileiros que estão começando no vôlei de praia”, ressaltou.

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