A batalha entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton pelo título desta temporada da Fórmula 1 ganhou novo capítulo polêmico no último domingo, quando os dois pilotos da Mercedes voltaram a entrar em rota de colisão por causa de uma manobra feita pelo alemão no GP da Bélgica. Já na segunda volta da prova realizada no circuito de Spa-Francorchamps, o líder do campeonato deu um toque no carro do companheiro de equipe, que estourou um dos pneus do monoposto do inglês, este ficando praticamente sem chances de brigar por uma vitória a partir daquele momento.
Indignado, Hamilton chegou a dizer, após a prova, que Rosberg admitiu que tocou intencionalmente em seu carro, enquanto o chefe da Mercedes, Toto Wolff, classificou como “inaceitável” o incidente entre os dois pilotos e afirmou que colisões como esta “não vão mais acontecer” na equipe na continuidade desta temporada.
Nesta segunda-feira, porém, o alemão resolveu se manifestar por meio de um vídeo, postado em Hamburgo, na Alemanha, para dizer que discorda de Hamilton, mas ao mesmo tempo evitou entrar no mérito da questão. “Lewis deu sua versão nas entrevistas do incidente. Tudo o que posso dizer é o meu ponto de vista dos eventos, que é bem diferente. Não quero expor os detalhes da minha opinião, espero que vocês respeitem isso. Eu prefiro manter isso internamente”, disse Rosberg.
Em seguida, o líder do Mundial de F1 disse que houve uma reunião com Hamilton e com a chefia da equipe para discutir o conflito ocorrido na pista, mas também falou sobre o encontro de forma genérica. “Nós tivemos uma boa discussão após a corrida, assim como nós precisávamos sentar e revimos o incidente, todo mundo deu sua opinião. Agora temos de seguir em frente. Teremos outra discussão no futuro para saber se vamos mudar nossa abordagem. A boa coisa é que temos uma forte liderança na equipe, com Paddy (Lowe), Toto (Wolff) e Niki (Lauda). É importante ter isso nessas situações. Vamos continuar lutando em Monza”, completou o alemão, se referindo ao GP da Itália, próxima etapa do campeonato, no dia 7 de setembro.
Por ter abandonado o GP da Bélgica, Hamilton viu o alemão, segundo colocado da prova, aumentar ainda mais a sua vantagem na ponta do Mundial. Agora ele tem 220 pontos, contra 191 do inglês, que ainda não terá como alcançar o companheiro de equipe na Itália.