São Paulo (AE) – Nada melhor do que ganhar um troféu em grande estilo. Mesmo sendo prêmio apenas simbólico. Neste sábado, apresentando um belo futebol e a goleada por 6 a 0 sobre o Marília, o São Paulo conquistou a Taça dos Invictos, oferecida pela Federação Paulista de Futebol (FPF). E desta vez a sorte foi só pela camisa nova, apresentada nesta tarde de sábado, pois o time mostrou futebol com competência de campeão. Na contagem regressiva do líder do Paulista (35 pontos), faltam apenas seis jogos: Guarani, Santo André, Portuguesa, Santos, Ponte Preta e Mogi Mirim.
E como diz o refrão da música dos mineiros do Skank, "fácil, extremamente fácil", a partida terminou 6, mas poderia ser 10, 11, 12, sem exagero. Nem os são-paulinos esperavam tanta facilidade. Foram três bolas na trave (Grafite, Mineiro e Marco Antonio) e outras chances que ficaram nas mãos do goleiro Bruno. Pena só de Diego Tardelli, que não conseguiu fazer um gol para se isolar na artilharia. Com 10, continua dividindo os goleadores com Frontini (Marília), Finazzi (América) e Robinho (Santos). Mesmo assim, em seus lances, arrancou aplausos do técnico Emerson Leão.
JOGO DE RESULTADOS? – Antes do duelo com o Marília, Leão havia definido o confronto como jogo de resultado, não de espetáculo. Quanta modéstia. Sua equipe deu uma aula de futebol neste domingo. Os dois zagueiros estiveram firmes, os laterais apoiaram bem o ataque, os volantes pareciam meias e os armadores viveram tarde de goleadores.
Grafite, de novo, deu grande trabalho. E Tardelli se esforçou. Rogério Ceni? Passaria despercebido não fosse o uniforme novo e mais um belo gol de falta. Com a equipe tão bem, teve tarde tranqüila, bem diferente da quarta-feira, na Argentina, quando sofreu para parar os atletas do Quilmes, pela Taça Libertadores da América.
Um tropeço do Santos neste domingo, frente ao América na Vila Belmiro, pode definir a gordura tão aguardada por Leão. Se o principal perseguidor empatar, o São Paulo chegaria à vantagem tão sonhada de 7 pontos sobre o segundo colocado. Com derrota então…
PRESSÃO TOTAL – Neste sábado, os 12.552 presentes, viram um jogo com resultado de peladas de rua: vira 3, acaba 6. Mas com futebol de Copa do Mundo. O São Paulo, sabendo do perigo que podia proporcionar o rival do interior, saiu com tudo. E logo no primeiro minuto, o grito de gol soava nas arquibancadas. Danilo rolou para o lateral-esquerdo Júnior: 1 a 0. De pé direito, anotou seu primeiro gol da temporada.
Alguns minutos de pressão? O Marília buscou o empate, mas esbarrou na seriedade de Edcarlos e Fabão e no "jogador coração, pulmão", Renan, homem de confiança de Leão, como o próprio técnico gosta de definir. O volante, substituto do contundido Josué, demonstrou raça e também técnica. Defendeu, atacou e até arrancou gritos de olé da torcida.
Bem atrás, ótimo na frente. Aos 33 minutos o canhoto Danilo, faz golaço de pé direito, ao driblar e acertar o ângulo de Bruno. Aos 46, parecia replay. O meia fez tudo igual, mas desta vez contou com desvio na zaga: 3 a 0.
Mal começou o segundo tempo e Marco Antônio, de falta, ampliou. Não perca a conta. Grafite, em jogada individual tocaria por entre as pernas do goleiro: 5 a 0. Rogério Ceni definiu, de falta e depois recebeu a Taça dos Invictos, na função de capitão do time. Na quarta-feira, às 21h45, será a vez do Guarani, em Campinas.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 6 X 0 MARÍLIA
Gols: Júnior a um e Danilo aos 33 e aos 46 minutos do primeiro tempo; Marco Antônio aos 6, Grafite aos 20 e Rogério Ceni aos 24 minutos do segundo tempo.
São Paulo: Rogério Ceni; Cicinho (Daniel Rossi), Fabão, Edcarlos e Júnior (Fábio Santos); Renan, Mineiro, Marco Antonio e Danilo (Alê); Grafite e Diego Tardelli. Técnico: Emerson Leão.
Marília: Bruno; Juninho (Sergio Manoel), César, Beto e Cláudio; Jéfferson, Umberto (Wladimir), Bruno Soares e Eder (Ricardinho); Wellington Amorim e Frontini. Técnico: Luís Carlos Martins.
Juiz: Bernardino Demônico Júnior.
Cartão amarelo: Edcarlos, Beto, César e Frontini. Vermelho: Ricardinho.
Renda: R$ 147.932,00.
Público: 12.552 pagantes.
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo.
