Em tarde inspirada de Alex Mineiro, Atlético goleia o Beltrão

Em tarde de ?furacão? na Baixada, o Atlético passou fácil pelo Engenheiro Beltrão por 4 a 1 e subiu para a 5.ª colocação no Campeonato Paranaense. Num jogo atípico, que começou com muito calor e terminou debaixo de um temporal, na Arena, o Rubro-Negro não tomou conhecimento do modesto time do noroeste do Estado e sapecou a goleada como quis. Com direito a três gols do herói Alex Mineiro. O resultado deixa o time do técnico Osvaldo Alvarez a duas vitórias da classificação. O próximo compromisso será o clássico contra o Paraná, no final de semana, na Vila Capanema.

Após a goleada sobre o Coxim-MS e a passagem para a segunda fase da Copa do Brasil, o Atlético voltou a atuar com sua equipe titular no Paranaense e nem tomou conhecimento do adversário. Nem poderia mesmo. O próprio técnico Lio Evaristo lamentou a ausência de quatro titulares e a improvisação de volantes e laterais na defesa. O resultado não poderia ser outro, a não ser a facilidade para o Rubro-Negro entrar como quisesse na área de Alonso e procurar o gol. O maior problema, no entanto, continuou sendo a pontaria e uma certa acomodação em campo.

Quando o Atlético quis jogar, ganhou. Primeiro, porque teve Alex Mineiro brilhando e chutando uma bola marota, que desviou na zaga e enganou Alonso. Depois, porque o Engenheiro cometeu tantos pênaltis, que o árbitro Maurício Batista dos Santos teve que marcar dois, convertidos pelo herói rubro-negro. Mas a facilidade não chegou a empolgar tanto a torcida, que parece estar perdendo a paciência com os laterais Jancarlos e Michel. Este último, a cada toque na bola, era tão apupado que Vadão resolveu tirá-lo de campo. E bem na hora que iria sair, recebeu de Alex e fuzilou.

Fechou o tempo – A partir daí, o tempo, literalmente, fechou. Os refletores demoraram a ser acesos, escureceu rapidamente e um vendaval soprou sobre a Arena. Uma das placas de publicidade, inclusive, caiu sobre dois torcedores e pedaços da cobertura começaram a voar. Uma pessoa sofreu ferimentos leves e a outra desmaiou e foi encaminhada para o Hospital Vitta. Enquanto isso, em campo, Lio colocou o Engenheiro para frente e conseguiu o gol de honra após um petardo de Rodrigo na trave. No rebote, Eurico mandou para a rede. Na próxima rodada o time de Engenheiro Beltrão enfrenta, em casa, o Roma Apucarana.

CAMPEONATO PARANAENSE
1.ª Fase – 12.ª Rodada
Local: Kyocera Arena
Árbitro: Maurício Batista dos Santos
Assistentes: Arquimedis Restelato da Silva e Sandra Maria Dawies
Gol: Alex Mineiro aos 32 e 35 do 1.º tempo; Michel aos 20, Alex aos 25 e Eurico aos 42 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Alan Bahia, Élton, Leandro, Valdo, Marcão
Renda: R$ 45.485,00
Público pagante: 3.714
Público total: 4.575

Atlético 4 x 1 Engenheiro Beltrão

Atlético
Cléber; Jancarlos, Danilo, Marcão e Michel (Nei, 21 do 2.º); Marcelo Silva (Erandir, 34 do 2.º), Alan Bahia, Evandro e Ferreira; Dênis Marques e Alex Mineiro (Pedro Oldoni, 37 do 2.º). Técnico: Osvaldo Alvarez

Engenheiro Beltrão
Alonso; Maicon, Leandro e Valdo; Gérson Lente (Alan, 1 do 2.º), Tobi, Emanoel (Derê, 25 do 2.º), Eurico e Rodrigo; Luciano Araújo (Marcelo, 1 do 2.º) e Élton.
Técnico: Lio Evaristo

?Foi de assustar?

?Deu para assustar sim, mas felizmente não aconteceu nada demais com os jogadores. São coisas que acontecem com o nosso clima.? A análise é do goleiro Cléber, que teve que passar os últimos dez minutos de jogo preocupado com o ataque do Engenheiro Beltrão e com a cobertura e algumas placas de publicidade da Arena, que se soltaram e voaram conforme o vento. ?Foi um jogo estranho. No 1.º tempo foi um calor e nosso time saiu cansado e, no final, estava gelando e dificultou porque a chuva caía forte e atrapalhava a visão?, destacou o meia Evandro.

Já sobre o futebol apresentado, o arqueiro garante que a equipe jogou bem e conseguiu aproveitar as oportunidades. ?Erramos muitos gols ainda e poderia ter sido um resultado maior, mas a nossa equipe está de parabéns pelo que apresentou?, analisou Cléber, que tem proposta do Sport e pode deixar o Furacão. De acordo com o técnico Osvaldo Alvarez, o Rubro-Negro teve a paciência necessária para rodar a bola e furar o bloqueio do Engenheiro. ?Não gostei dos primeiros 15 minutos do 2.º tempo, mas depois a equipe se assentou e fizemos mais dois gols e concretizamos a vitória?, analisou o treinador.

Mesmo assim, Vadão ficou preocupado com o gol tomado. ?Se você for analisar, o domínio era nosso, a gente tocando e retendo a bola em demasia na nossa defesa, perdemos, sofremos a falta e o gol?, relembrou. Para ele, o problema é como a defesa tomou o gol. ?Mas, de uma maneira geral, a defesa tem ido muito bem?, finalizou. Hoje, o elenco ganha folga e, amanhã, volta a trabalhar no CT do Caju de olho no clássico de domingo contra o Paraná.

Atlético não sai de Curitiba

Depois do Paraná, no próximo final de semana, na Vila Capanema, o Atlético fará outros dois jogos na Baixada. Na 14.ª rodada pega o Cianorte, e na 15.ª rodada enfrenta o Iguaçu, também na Baixada, fechando o primeiro turno do Estadual.

Turma da rabeira – A rodada só não foi pior para o time de Engenheiro Beltrão – 11 pontos ganhos e 13.º lugar – porque a Lusinha – 9 pontos e 14.º colocado – ?vendeu? o jogo pro Pinheirão e perdeu (2 a 1) pro Coritiba; o Roma Apucarana – 6 pontos e 15.º colocado – foi massacrado em casa (4 a 1) pelo Adap e o Nacional – 5 pontos e 16º. lugar, desistiu de jogar e perdeu por W.O. para o Iguaçu.

Atlético coloca na memória da Baixada golaço de Dênis Marquês

Júlio Tarnowski Jr.

?Você nos proporcionou um momento mágico e temos uma gratidão, que pode ser materializada e ficar gravada para sempre?. Assim, o presidente do Atlético, João Augusto Fleury da Rocha, descerrou a placa comemorativa ao gol de Dênis Marques marcado contra o Paraná Clube, no dia 28 de outubro do ano passado, pelo Campeonato Brasileiro. ?Esta é uma homenagem da torcida do Atlético e tenho certeza que estou falando em nome de mais de um milhão de pessoas?, destacou o dirigente.

Para o autor da façanha, a placa é uma amostra de uma incrível volta por cima após ficar vários meses suspenso pela Fifa, jogar mal e até ser hostilizado pela própria torcida rubro-negra. ?Graças a Deus, consegui dar a volta por cima. Minha família, minha esposa, meus pais, sempre estiveram juntos nos momentos ruins e nos momentos bons e estou muito feliz por entrar na história do Atlético. Agora, é só alegria e o que tenho que falar é muito obrigado?, comemorou o atacante.

Só lembrando: na sexta-feira, quando a imprensa procurou o Dênis Marques para falar sobre a homenagem, o atacante deu uma de estrela e marrento, dizendo que não tinha nada para falar naquele momento. O que era para falar, foi dito em Campo Grande – quando o Atlético eliminou – 5 a 2 – o Coxim-MS pela Copa do Brasil – disse o atacante.

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