“Não há como medir o que DeMar fez por essa organização. Trata-se do maior atleta da história desse time e ninguém pode contestar isso.” As palavras do gerente-geral do Toronto Raptors, Masai Ujiri, mostram o quão impactante foi a decisão de trocar DeMar DeRozan, principal astro da franquia canadense, por Kawhi Leonard antes da temporada 2018/2019 da NBA começar.

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Após pouco mais de dez meses, as críticas pela movimentação já não existem e os torcedores vivem um momento de êxtase por estarem em sua primeira final. Do outro lado, o Golden State Warriors chega para a decisão pelo quinto ano consecutivo e terá de superar problemas de lesões na busca do quarto título desde 2015. A série melhor de sete começa nesta quinta-feira, às 22 horas (de Brasília), no Scotiabank Arena, no Canadá.

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Dono da segunda melhor campanha da temporada regular, com 58 vitórias e 24 derrotas, os Raptors terão a vantagem de jogar quatro jogos em casa, se necessário. Sem grandes feitos em sua história, o time fundado em 1995 fez uma aposta arriscada este ano. Enquanto quase todos optaram por projetos futuros, entendendo que não era possível fazer frente à dinastia dos Warriors, Ujiri foi para o tudo ou nada.

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Logo após a quinta eliminação seguida nos playoffs, o diretor demitiu o técnico Dwane Casey e, depois disso, fez trocas, abrindo mão de atletas com potencial e de futuras escolhas de Draft por veteranos calejados em decisões, como Marc Gasol.

O resultado das movimentações foi positivo, mas trouxe uma sequela. A saída de DeRozan representou o rompimento de toda a comunidade com um ídolo. Para entender esse momento é necessário ampliar o cenário e fazer um contexto histórico. Os Raptors são o único time da NBA fora dos Estados Unidos. Quem joga lá fica longe da família e dos amigos.

Além disso, o estilo de vida em Toronto é pacato, algo que importa para atletas milionários com 20 e poucos anos e acostumados com os holofotes. Por conta disso, a maioria dos astros escolhidos pela franquia no Draft ao longo dos anos cumpre seus contratos obrigatórios e, na primeira oportunidade, vai atuar em outro lugar.

O único grande atleta que “comprou” a ideia de fazer dos Raptors sua casa foi DeRozan. A ruptura foi dolorosa, mas a opção por Leonard se mostrou acertada. O ala liderou o time até sua primeira final e agora pode conquistar o título, mesmo que ele abandone o time na próxima temporada, já que ficará sem contrato.

DESFALCADO – Apesar de ser favorito, o Golden State chega para o confronto desfalcado. Melhor jogador das finais em 2017 e 2018, Kevin Durant não se recuperou de uma lesão muscular e está fora do primeiro jogo. Quem também é dúvida é o pivô DeMarcus Cousins.

A dupla, que está na reta final de seus contratos, deve se tornar baixa permanente na equipe na próxima temporada. Muito acima do teto salarial, os Warriors devem focar na renovação de Klay Thompson na agência livre e não seria possível fazer propostas atrativas para os outros astros. Mesmo sem força máxima, a franquia ainda conta com Stephen Curry, Draymond Green, além de Thompson, para conquistar mais um título.