Em situação bastante favorável, o Atlético Mineiro entra em campo nesta quarta-feira para sacramentar a sua passagem à fase de grupos da Copa Libertadores. Após triunfar no Uruguai por 2 a 0, o time defenderá a vantagem a partir das 21h30, no estádio Independência, diante do Defensor, que vem em má fase, para entrar na chave E do torneio.
Presença constante na Libertadores desde 2013, quando foi campeão, depois só ficando fora da edição de 2018, o Atlético-MG até tem um histórico recente de quedas na competição em casa, como ocorreu em 2014, 2016 e 2017, mas nunca com uma derrota, resultado que o time nunca amargou em mata-matas do torneio continental. E eles foram 12, com sete vitórias e cinco empates.
Esse bom retrospecto será colocado novamente em campo nesta quarta-feira, quando até mesmo uma derrota por um gol de diferença levará o Atlético-MG a voltar à fase de grupos da Libertadores e em uma chave que já conta com Cerro Porteño, Nacional do Uruguai e o venezuelano Zamora.
O cenário só não é completamente favorável ao Atlético-MG porque o time perdeu nos últimos dias dois jogadores por lesão, casos do lateral Carlos César e do atacante Maicon Bolt. Mas os dois são reservas, embora o veloz ponta fosse o suplente mais acionado pelo técnico Levir Culpi para mudanças no setor ofensivo neste começo de temporada.
De qualquer forma, os titulares chegam descansados para o confronto decisivo. Como vem ocorrendo desde a estreia do time na fase preliminar da Libertadores, Levir vem poupando as principais peças no Campeonato Mineiro, estratégia que foi repetida no último fim de semana, quando o time derrotou o Villa Nova por 3 a 1, mantendo a liderança da competição.
A estratégia tem sido importante para dar descanso a jogadores experientes, como o Réver, Fábio Santos e Ricardo Oliveira, um dos artilheiros da Libertadores, com quatro gols marcados e que voltará a ter companhia de Cazares, Chará e Luan, componentes de um quarteto ofensivo que vem sendo titular no Atlético-MG com Levir desde a reta final do Campeonato Brasileiro de 2018.
E como o ataque tem funcionado bem, com sete gols marcados em três jogos nesta Libertadores, a preocupação do time está com o sistema defensivo, especialmente porque o Atlético sofreu quatro gols nos compromissos da segunda fase preliminar da Libertadores, diante do uruguaio Danubio.
No jogo de ida contra o Defensor, na semana passada, em Montevidéu, o Atlético conseguiu sair sem ser vazado, mas ainda assim a impressão não foi das melhores, pois o adversário teve muitas oportunidades. Assim, o time espera exibir evolução defensiva nesta quarta-feira para evitar qualquer susto no Independência.
“A gente sabe que deu um passo importantíssimo e o quanto sofremos para chegar nessa situação, assim, confortável nesse momento. Já sofremos na pele, o que passamos contra o Danúbio, que foi desnecessário todo aquele sofrimento. É o que a gente vai levar para esse jogo, procurar resolver o quanto antes para ter uma tranquilidade maior, para não ter todo aquele sofrimento e fazer valer o placar de 2 a 0 que conseguimos lá no Uruguai”, afirmou Fábio Santos.
No Defensor, a situação é das piores possíveis. O time avançou na primeira fase preliminar da Libertadores diante do Bolívar, mas teve seu êxito na série seguinte facilitado por punição imposta ao equatoriano Barcelona pela escalação de um jogador irregular pelo adversário no confronto de ida.
Além disso, o Defensor faz início de campanha ruim no Torneio Apertura uruguaio, com duas derrotas, incluindo uma dura derrota por 3 a 0 para o modesto Cerro Largo, no último fim de semana, ainda que sem utilizar a sua força máxima. Resta, portanto, ao time se apegar ao resultado do seu único triunfo nesta edição da Libertadores. Também como visitante, fez 4 a 2 no Bolívar, em La Paz. É exatamente o placar que precisa nesta quarta-feira para eliminar o Atlético e conseguir uma improvável classificação à fase de grupos da Libertadores.