Em uma Copa do Mundo marcada por surpresas, o confronto entre Bélgica e Estados Unidos, nesta terça-feira, às 17 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador, não foge à regra. Não pelo lado dos belgas, apontados como candidatos a sensação do Mundial e líderes de sua chave, mas foram poucos os que imaginavam os norte-americanos capazes de superar Portugal e Gana no Grupo G. Contagiados pela “febre” do futebol, eles novamente entram como azarões e esperam continuar surpreendendo.

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“Estamos famintos, o céu é o limite”, afirmou um confiante Jürgen Klinsmann. O otimismo do treinador alemão é compartilhado por jogadores e, pelo que apresentou até aqui, imaginar uma vitória dos Estados Unidos passa longe do absurdo. A equipe mostrou consistência na fase de grupos e enterrou o estigma de que o país é presa fácil para os adversários. Até a Alemanha, uma das favoritas ao título, sofreu para vencer por 1 a 0 na última partida da primeira fase.

Mais que motivados pelo feito de chegar às oitavas, os jogadores entrarão em campo empurrados por um país que parece enfim começar a entender o futebol e que efetivamente estará de olho no que acontecerá na Arena Fonte Nova. “Significa muito ver essas fotos da nossa torcida e sabemos que eles estarão em todo o estádio e também em suas casas”, disse Klinsmann.

O otimismo norte-americano vem na contramão dos belgas, que nem de longe correspondem às expectativas de antes do torneio, quando eram apontados como candidatos a sensação. Nem mesmo as três vitórias na fase de grupos – fato inédito para o país – ajudou a diminuir a decepção com jogos enfadonhos e de placares magros. Os belgas marcaram apenas quatro gols na primeira fase, dois deles (contra Argélia e Rússia) nos minutos finais.

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A expectativa do grupo agora é apagar a má impressão deixada na primeira fase e retomar o futebol de velocidade. “Não significa que somos favoritos, mas estamos acostumados a tomar o controle do jogo, é assim que gostamos”, disse o treinador belga, Marc Wilmots. “Sempre temos coisas a melhorar e temos uma estrutura e uma boa organização, nossa equipe está coesa”, defendeu-se o técnico, que ainda aproveitou para criticar a imprensa. “Antes de a Copa começar, a Espanha era maravilhosa”.

Os Estados Unidos terão o retorno de Altidore, que se machucou na estreia contra Gana. A tendência é que ele comece jogando, mas Klinsmann não quis confirmar. “Ele está liberado, isso é o mais importante por enquanto”. Se escalá-lo desde o início, Dempsey deve ser recuado para o meio. “O chefe define o esquema tático, faremos o que ele julgar melhor”, disse o camisa 8.

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A Bélgica, por sua vez, faz mistério sobre a presença de Kompany no miolo de zaga, mas a tendência é que o capitão não tenha condições de jogo após sentir a virilha. “Ele faz muita falta como desfalque porque é um pai para nosso time, está sempre tomando as decisões”, lamentou Vertonghen, que ocupará a vaga na lateral esquerda no lugar de Vermaelen.