Atual campeão da Copa Libertadores, o River Plate está próximo de disputar mais uma decisão continental. Nesta terça-feira, o time abriu boa vantagem nas semifinais ao derrotar o Boca Juniors por 2 a 0, no Monumental de Núñez, numa partida em que teve amplo domínio do rival e poderia até ter vencido por um placar mais dilatado.
O duelo de volta está marcado para 22 de outubro, no estádio de La Bombonera, onde o River poderá perder por até um gol de diferença para avançar à decisão contra o clube brasileiro que se classificar na série entre Grêmio e Flamengo – o jogo de ida será nesta quarta-feira em Porto Alegre. A final está marcada para 23 de novembro em Santiago.
O confronto desta terça foi o reencontro entre os clubes na Libertadores após a turbulenta decisão de 2018. Naquela oportunidade, a finalíssima foi para a Espanha após torcedores do River apedrejaram o ônibus da delegação do Boca horas antes da segunda partida, na chegada ao Monumental, com alguns atletas ficando feridos e o duelo sendo adiado.
O JOGO – Ainda que o árbitro brasileiro Raphael Claus tenha demorado a assinalar o pênalti, o que só fez após a consulta ao VAR, bastou ao River um ataque para abrir o placar. Logo aos dois minutos, após Andrada espalmar chute cruzado de De La Cruz, Borré foi derrubado na grande área por Mas. O próprio Borré executou a cobrança, no sexto minuto e chutou no meio do gol, abrindo o placar.
O gol só expôs um cenário de domínio do River, que, ainda assim, levou perigo em batida de longe de Mac Allister, que parou em Andrada e no travessão. Mas foi uma exceção, pois o Boca se preocupava mais em manter a segurança defensiva, o que até funcionou para barrar o ataque rival durante quase todo o primeiro tempo, ainda mais que o bom toque de bola do time da casa não era tão envolvente como costumeiramente.
No fim, porém, o River teve duas chances de marcar, com Borré e De La Cruz, esse em cobrança de falta, que pararam em Andrada. Mas a mais clara, e inacreditavelmente oportunidade perdida, foi do Boca, que enfim conseguiu encaixar um contra-ataque, em boa ação de Ábila, até então com dificuldade para dar sequência aos lances. Aos 42 minutos, lançado por Reynoso, ele conseguiu se proteger da marcação e rolou para Capaldo, que livre na grande área e cara a cara com Armani, bateu por cima.
O domínio do River se repetiu no segundo tempo, embora o Boca tenha buscado mudar a sua postura com a entrada de Tevez, porém sem êxito. Já o River foi colecionando chances desperdiçadas, como aos dez minutos, quando cruzamento de Montiel parou na trave. E aos 15, quando De La Cruz bateu cruzado da esquerda e a defesa do Boca se enrolou para evitar a finalização de Fernández, com a bola passando perto da trave. O segundo gol saiu aos 24 minutos. Ignacio Fernández avançou pelo meio, abriu para Suárez na direita e recebeu passe na pequena área, deslocando Andrada na sua finalização.
O River voltaria a chegar com perigo aos 29, em lindo toque de cobertura de Suárez, que Andrada espalmou. E só aí o Boca respondeu em outra tentativa de cobertura, de Capaldo, que parou na boa intervenção de Andrada. Mas foi um lance isolado de um time pouco criativo e que abusava dos chutões.
Assim, continuou sendo dominado pelo River, que seguiu perdendo chances, como aos 32, com Scocco. No fim, o Boca ainda teria Capaldo expulso por entrada dura em Enzo Pérez. E o River manteve o placar de 2 a 0 e a boa vantagem para o confronto de volta das semifinais da Libertadores.