O Grêmio é o novo campeão gaúcho, o que não acontecia desde 2010. A quebra do jejum já era esperada desde a goleada inicial, em Porto Alegre, por 4 a 0, sobre o Brasil de Pelotas. A conquista foi confirmada com uma nova vitória, desta vez por 3 a 0, neste domingo, no estádio Bento Freitas, em Pelotas (RS). Os gols do título foram marcados na parte final do jogo por Cícero aos 35, Alisson, aos 39, e Léo Moura aos 44 minutos.
Apesar do título, o seu 37.º na história, o Grêmio continua bem atrás em número de conquistas do seu maior rival, o Internacional, com 45 títulos. Esta década, inclusive, o time colorado emplacou um hexacampeonato entre 2011 e 2016. O Novo Hamburgo surpreendeu e foi o campeão no ano passado.
O Brasil tinha uma missão considerada impossível de golear por cinco gols para ser campeão. Mas sagrou-se vice e perdeu a invencibilidade diante de sua torcida. O time xavante não perdia em casa desde 28 de setembro de 2017, quando caiu diante do Luverdense por 1 a 0, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
A torcida xavante compareceu em peso, mesmo com chances remotas de reverter a vantagem. O próprio técnico Clemer reconheceu que o importante era terminar bem a competição. Do outro lado, Renato Gaúcho reforçou o discurso batido durante toda a semana: fazer de conta que o jogo estava 0 a 0.
Já era esperado, portanto, a pressão inicial do mandante, que levou perigo aos 12 minutos em um chute de Alisson Farias, que raspou em cima do travessão. E em um contra-ataque, aos 22, quando Maicon perdeu a bola que terminou no chute de Calyson por cima. O Grêmio chegou no ataque com perigo duas vezes. A primeira em um giro de Jael, aos 18, e a segunda em um chute cruzado de Everton, aos 23, ambos para fora.
Aos poucos, debaixo de sol quente e calor, o Brasil diminuiu o ritmo deixando o Grêmio mais à vontade. Em um passe de Jael quase que Luan abriu o placar pelo lado direito, mas o goleiro Marcelo Pitol saiu e fez o bloqueio quase no momento da finalização. Isso já aos 41 minutos. Aos 46, o próprio Luan driblou o goleiro, mas perdeu o ângulo de chute.
No início do segundo tempo, o experiente volante Leandro Leite tratou de deixar tudo mais fácil para o Grêmio. Aos dois minutos, ele impediu uma arrancada ao segurar com as mãos o atacante Jael. Como o xavante já tinha recebido o cartão amarelo na primeira etapa, acabou sendo merecidamente expulso. Mesmo assim, peitou o árbitro Leandro Pedro Vuaden e demorou para deixar o campo.
Mas o Grêmio não quis forçar a marcação, nem buscar o ataque. Continuou valorizando a posse de bola à espera do apito final. A vantagem inicial, conquistada em casa, era suficiente para ser o campeão da temporada. Mesmo assim, marcou o seu primeiro gol aos 35 minutos. Léo Moura foi até o fundo e rolou para trás para o chute cruzado de Thonny Anderson. A bola sobrou na pequena área para o complemento de Cícero, que tinha acabado de substituir Luan.
Aos 39 minutos, Alisson ampliou após fazer jogada individual fora da área, passar por dois adversários e chutar no ângulo de Marcelo Pitol. Para completar a festa, aos 44, Maicon lançou por cobertura para Léo Moura, que ajeitou de direita e finalizou de perda esquerda. O Grêmio, que até frequentou a zona de rebaixamento, fechou a competição com o melhor ataque, com 31 gols.