Em nova fase, Robinho vive paixão pelo gol

Santos – Quando surgiu no futebol, há dois anos, Robinho era o jogador muito habilidoso, mas pouco objetivo. Depois, surgiram as críticas de que ele não jogava para a equipe e, mais recentemente, que não marcava gols. Havia um pouco de verdade em tudo isso, mas o jogador não se deixou levar nem pelos rasgados elogios, nem pelas críticas que recebeu. E venceu cada etapa de sua curta carreira usando a humildade para corrigir suas falhas e, depois de seguidas partidas com destacada atuação, assumiu a condição de artilheiro da equipe.

Robinho dá sua receita para evoluir: “É preciso jogar bem todas as partidas, pois cada jogo é uma batalha que a gente tem de vencer, senão as pessoas podem duvidar de sua capacidade. Mas procuro sempre trabalhar com humildade e seriedade para superar as deficiências que tenho e estou melhorando”.

Para Leão, que acompanha de perto a evolução de Robinho com o cuidado de um joalheiro que lapida uma pedra preciosa, seu jogador está vivendo uma fase de paixão pelo gol. “Ele se apaixonou por uma coisa que não conhecia, que é o gol”. O treinador releva seu papel na ascensão do atacante, dizendo que apenas deu “a condição, a confiança e os ensinamentos necessários a um jovem atleta”.

Leão destaca que o Robinho atual tomou gosto pelo gol e já é o artilheiro do time no Paulista, com seis gols em cinco jogos. E o atacante tem a chance de chegar à artilharia do campeonato hoje, com a folga do São Paulo de Luís Fabiano nesta rodada. Basta marcar dois gols para alcançar o centroavante são-paulino.

“É meio difícil o Luís Fabiano ficar sem fazer gols e ele não jogando, fica mais fácil alcançá-lo”, disse Robinho, que revela não estar muito preocupado com a artilharia, embora saiba que “atacante tem que fazer gol”. “Espero que os gols continuem a sair não para ser artilheiro, mas para que minha equipe vença.”

O que mudou, na opinião do próprio Robinho, é que ele continua driblando, mas agora parte para cima em busca do gol. “Procuro auxiliar meus companheiros que estão melhor posicionados, mas é claro que se tiver oportunidade de chutar para o gol, vou fazer isso, até porque o professor Leão cobra da gente.”

Robinho tem sido criticado pelos adversários pela maneira que protege a bola, com os braços muito levantados. Ele admite que isso ocorreu no jogo contra o Marília. “Podia colocar o braço mais embaixo, mas acabei colocando lá em cima e podia machucar meu companheiro de profissão”, disse. Mas os atletas do paraguaio Guarany já haviam reclamado dessa postura e aí o discurso de Robinho muda: “Eles batem muito e não têm do que reclamar. Para os brasileiros, peço desculpas, mas deixem os paraguaios reclamar.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo