O roteiro se repetiu em Las Vegas na noite de sábado. Assim como aconteceu nos dois confrontos anteriores, marcados pelo equilíbrio, uma decisão polêmica definiu a terceira luta entre o filipino Manny Pacquiao e o mexicano Juan Manuel Márquez. Sob vaias, Pacquiao venceu o rival por pontos e manteve a invencibilidade e o cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe.
Os dois duelos anteriores entre os pugilistas foram muito equilibrados e também precisaram ser decididos por pontos. Em 2004, houve empate. Quatro anos depois, Pacquiao se sagrou vencedor, resultado contestado por Márquez.
A luta deste sábado ampliou a polêmica. Apesar da comemoração antecipada do mexicano, os juízes deram a vitória ao filipino. O primeiro cravou empate em 114 a 114, enquanto os outros dois asseguram o triunfo de Pacquiao por 115 a 113 e 116 a 112. O filipino embolsou cerca de US$ 22 milhões por sua 15ª vitória seguida.
Ao fim da luta, o mexicano não escondeu a indignação pela decisão dos juízes. “Esta é a segunda vez em que sou roubado, e desta vez foi pior. Eu venci com golpes muito claros. É difícil quando você tem que enfrentar seu rival e ainda três juízes”, reclamou o pugilista, que cogitou se aposentar, aos 38 anos.
O confronto foi precedido de uma homenagem ao ex-boxeador Joe Frazier, que morreu na segunda-feira passada, vítima de um câncer no fígado. A homenagem destacou a histórica vitória sobre Muhammad Ali em 8 de março de 1971, no Madison Square Garden, em Nova York. O duelo ficou conhecido como “A Luta do Século”.