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Mulheres vestidas com túnicas brancas como sacerdotisas presidiram a cerimônia no templo de Hera. |
Em meio a um protesto, a chama olímpica que iluminará os Jogos de Pequim foi acesa sob um pálido sol em cerimônia na Antiga Olímpia e começou seu caminho rumo ao Estádio Olímpico da capital chinesa, onde chegará no dia 8 de agosto.
No lugar arqueológico de Olímpia, berço natal dos Jogos há 2800 anos, 22 mulheres vestidas em túnicas brancas como sacerdotisas entraram nas ruínas do templo de Hera ao compasso dos tambores, onde a chama foi acesa com os raios do sol e a ajuda de um espelho côncavo.
Pouco antes de acender a tocha olímpica, três manifestantes contrários aos Jogos de Pequim conseguiram colocar um cartaz durante o discurso do presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Lui Qi. O cartaz pedia o boicote aos Jogos devido à repressão policial chinesa no Tibete.
Os organizadores gregos tinham colocado medidas de segurança sem precedentes no local arqueológico e no povoado da Antiga Olímpia, devido ao temor de incidentes ou protestos contra a China.
A forma tradicional como a chama olímpica foi acesa é para simbolizar a pureza da tocha, segundo a porta-voz do Centro de Revezamento da Tocha Olímpica disse ao jornal Beijing Morning Post.
O grego Alexandros Nikolaidis, medalhista de prata nos Jogos de Atenas, em 2004, é o primeiro atleta a carregar a chama, que será entregue às 15h, em 30 de março, no Estádio Panathenian, em Atenas, cidade onde ocorreu os primeiros Jogos Olímpicos modernos, em 1896.
Depois da cerimônia de entrega em Pequim, em 31 de março, a chama olímpica começará no dia 1º de abril sua excursão mundial por 135 cidades em todo o mundo.
O revezamento percorrerá 137 mil quilômetros durante 130 dias e chegará no final ao Estádio Nacional em Pequim, em 8 de agosto de 2008, para a cerimônia de abertura do evento esportivo.
O destaque do revezamento da tocha, que envolverá um total de 21.780 portadores, será uma tentativa de levar a chama à cúpula do Monte Qomolangma, em maio.