O prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez Zuluaga, anunciou nesta quarta-feira uma alteração nas tradições locais como forma de respeito às vítimas fatais do voo que transportava a Chapecoense à cidade colombiana e que caiu na madrugada de segunda para terça-feira. As festividades de Natal terão o início adiado, assim como o município está de luto por três dias.

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O início do mês de dezembro tem como tradição na Colômbia a colocação de luzes nas ruas e foguetórios para antecipar o clima de Natal. “Neste ano vou pedir para que esperem por uns dias. Não é hora de festa, mas sim de respeitar a dor das vítimas do time da Chapecoense”, disse o prefeito em entrevista coletiva no estádio Atanasio Girardot, local onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional pelo primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Zuluaga mostrou um curativo na ponta do dedo indicador para usar como exemplo à população de que, pela tragédia, lidar com artifícios pirotécnicos nos próximos dias seria um insulto.

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O prefeito pediu para que fosse respeitada a dor dos familiares dos mortos na tragédia e elogiou o plano do Atlético Nacional em pedir à Conmebol que declare a Chapecoense como campeã do torneio. Nesta quarta-feira, o estádio receberá uma vigília com a previsão da presença de 40 mil pessoas com roupas brancas e velas acesas, em ato de homenagem às 71 vítimas fatais.

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Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira já estão em Medellín, na Colômbia, para fazer o transporte dos corpos das vítimas do acidente aéreo com o time da Chapecoense. O prefeito da cidade confirmou que todo o esquema de transporte ao Brasil está pronto e deve ser concluído até esta sexta-feira, dia em que o reconhecimento dos mortos será possivelmente concluído.

Segundo informações do Itamaraty, das 71 vítimas, 42 já foram identificadas até o final da tarde desta quarta-feira. “O reconhecimento dos corpos será um processo rápido. Os aviões que vão fazer o traslado já estão na cidade”, afirmou. “Estamos respeitando todos os protocolos médicos para que todos os feridos sejam bem atendidos. Esperamos que continuem bem e voltem ao seu país. Como cidade, estamos fazendo de tudo para que os familiares das vítimas se sintam em casa”, completou.