Foi um clássico para ninguém botar defeito. O duelo entre Paraná x Atlético, na Vila Capanema, fez jus à grandeza dos dois clubes e agitou as duas torcidas com uma partida eletrizante. O resultado, empate por 2 a 2, gols de Josiel (2) para o tricolor e Alex Mineiro e Alan Bahia para o rubro-negro, acabou sendo amplamente favorável ao Atlético, uma vez que o time atleticano esteve por duas vezes atrás do placar e jogou a maior parte do duelo com um homem a menos.
Enquanto havia igualdade de jogadores em campo, a partida estava bem equilibrada. As duas equipes alternavam chances de abrir o marcador, mas coube aos donos da casa a honra. Aos 11 minutos, Vandinho cruzou rasteiro e o atacante Josiel apareceu livre para tocar para o fundo das redes de Guilherme. Todavia, a resposta atleticana não tardou muito e seis minutos mais tarde, Valencia cruzou na medida para Alex Mineiro cabecear com força, no canto baixo de Flávio.
A partir dos 36 minutos, a sorte parecia sorrir para o lado tricolor. Danilo, em uma entrada criminosa, atingiu em cheio o jogador Serginho. O árbitro Héber Roberto Lopes aplicou logo o cartão vermelho para o jogador atleticano, que parecia ter entendido a besteira que havia feito.
Com um a mais, o Paraná alugou o campo de defesa do Atlético e instalou uma verdadeira blitz na área de Guilherme. A insistência foi recompensada e novamente ele, Josiel, um dos artilheiros do Brasileirão, estava lá para conferir o segundo gol paranista, que veio num rebote do chute de Márcio Careca que sobrou nos pés do matador paranista.
Quem não faz, leva
O gol no final da primeira etapa deixou o Paraná animado e o Atlético acuado. Já no início do segundo tempo, o tricolor da Vila veio com tudo, disposto a matar logo o clássico. Josiel fazia o diabo para cima da defesa atleticana. Aos cinco minutos, ele se livrou do marcador e viu Guilherme adiantado. Com um toque sutil, o atacante paranista quase encobriu o goleiro atleticano, mas, para o seu azar, a bola foi para fora.
O Paraná seguia criando chances e continua a desperdiçar todas elas. Aos 15 minutos, Márcio Careca, meio sem ângulo, chutou para o gol vazio, mas a bola, inusitadamente, bateu nas duas traves e parou nos pés da zaga rubro-negra, que conseguiu se safar.
Com o passar do tempo, o Paraná se acomodou e passou a atacar menos. O técnico Antonio Lopes, ao observar o recuo paranista, adiantou um pouco mais o rubro-negro mas, mesmo assim, o time atleticano seguia sem incomodar Flávio.
Apesar do recuo, o Paraná seguia incomodando Guilherme e, numa descida rápida, Josiel, da entrada da área, desperdiçou uma boa chance de ampliar o marcador. E, como naquela velha máxima de que "quem não faz, leva", o Atlético conseguiu a igualdade no placar num golaço de Alan Bahia, que, na raça, passou pela marcação e disparou um foguete no ângulo. O lance contou ainda com a colaboração do goleiro Flávio, que, a exemplo do arqueiro Doni, na partida contra o México na Copa América, tentou tirar a bola com os olhos.
Ao empatar o jogo, o Atlético passou a amarrar o jogo e a tocar a bola, enquanto o Paraná tentava, sem sucesso, chegar ao gol de Guilherme. Após o apito final, os atletas rubro-negros comemoraram o empate como se fosse uma vitória, pois com todas as adversidades, o Atlético ainda teve forças para conquistar um ponto. Ao Paraná, restou lamentar o empate e esquecer esse jogo.
Os dois times voltam a jogar na terça-feira. O Paraná vai até o Rio de Janeiro encarar o Fluminense e o Atlético recebe o Náutico, na Arena da Baixada.
