Protesto

Em greve, funcionários de obra na Arena param o trânsito

Quatro meses depois da última paralisação de operários nas obras de reforma e ampliação da Arena da Baixada, está prevista para hoje uma greve geral de funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços para a CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras do estádio. O movimento, que está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracon) de Curitiba, quer forçar à CAP S/A a fazer os pagamentos atrasados às empresas terceirizadas, para que os recursos cheguem até os trabalhadores que estão cuidando da remodelação do estádio atleticano para a Copa do Mundo deste ano.

Bem cedo

A paralisação dos operários, que será iniciada às 7h, em frente ao canteiro de obras da Arena da Baixada, será a extensão do movimento de alguns trabalhadores iniciado na segunda-feira e que continuou ontem. Cerca de 100 funcionários de diversas empresas terceirizadas cruzaram os braços e fizeram uma manifestação em frente a sede administrativa do clube, localizada na Avenida Getúlio Vargas. Alguns operários chegaram a deitar na pista impedindo a passagem de carros e ônibus que trafegavam na região. O trânsito ficou lento no local até o final da tarde, quando o movimento foi encerrado. A Polícia Militar acompanhou o protesto, mas não realizou nenhuma intervenção.

O presidente do Sintracon, Domingos de Oliveira Davide, não confirma se a paralisação será total dos 1.300 operários que estão trabalhando na obra, mas que o movimento vai buscar uma negociação com o Atlético para que os salários atrasados sejam quitados o mais rápido possível. O representante dos trabalhadores frisou ainda a necessidade do bom andamento no ritmo das obras para que a Arena da Baixada seja entregue a tempo para a realização da Copa do Mundo.

“É a segunda vez que isso acontece. É uma situação lamentável. Provavelmente todos os trabalhadores parem durante o movimento. Do jeito que está não dá mais. Vamos tentar negociar com algum representante do Atlético o mais urgente possível. Não queremos prejudicar ninguém, até porque sabemos do prazo curto que o clube tem para finalizar o estádio. Os trabalhadores têm suas responsabilidades e o Atlético precisa cumprir as suas”, destacou Davide.

Setor elétrico

Funcionários da empresa A.A. Camargo, que cuida do setor elétrico da Arena da Baixada e que fizeram a primeira paralisação anteontem, começaram a retornar ontem as atividades normais e, até a tarde de hoje, o efetivo completo de 100 funcionários deverá voltar a atuar no canteiro de obras do estádio atleticano. O diretor da A.A. Camargo, André Camargo, confirmou que o repasse dos recursos devido pela CAP S/A foi realizado ontem à tarde e, a partir de hoje, os operários deverão receber os salários atrasados, referentes ao mês de março.

“Hoje (ontem) boa parte dos operários voltaram ao trabalho mesmo sem ter saído o dinheiro do Atlético. A empresa conversou com eles e alguns decidiram voltar ao trabalho. Pedimos o prazo até sexta-feira para normalizar toda a situação, mas o clube felizmente fez o repasse dos recursos devidos e até amanhã (hoje) vamos conseguir pagar todos os funcionários”, disse, aliviado, o diretor da empresa terceirizada contratada pela CAP S/A. “Em três meses que estou prestando serviços para a Arena da Baixada nunca tinha acontecido. Esta foi a primeira vez”, arrematou Camargo.

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