Quase metade do estádio do Canindé irá a leilão no próximo dia 7 de novembro para pagamento de dívidas trabalhistas da Portuguesa. O lance inicial é de R$ 154.296.529,68 e se refere aos 45% do terreno que pertencem ao clube; os outros 55% são da Prefeitura de São Paulo.
O departamento jurídico do clube afirmou que está analisando o processo da 10.ª Vara Cível do Foro Central da Capital, mas vai tentar pedir a impugnação do leilão. Desde o ano passado, a Portuguesa busca um investidor para pagar a dívida e adquirir a área da Prefeitura. O clube afirma que tem uma proposta, mas ainda não fechou a negociação.
A ação que originou o leilão é de 2002 foi aberta pelo ex-jogador Tiago de Moraes Barcellos para cobrança de R$ 5 milhões. A Portuguesa só saldou metade da dívida, o que fez a disputa retornar à vara de origem, que acabou definindo a penhora do terreno. Também são citados no processo outros sete atletas, entre eles, o zagueiro Rogério Pinheiro e o atacante Ricardo Oliveira, hoje no Santos. O processo também cita débitos referentes ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
O risco de perder o estádio se soma à crise do time dentro de campo. A equipe corre sério risco de rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro. Faltando duas rodadas, a Portuguesa precisa vencer seus jogos e torcer por derrotas do Macaé.