Manchester City e Barcelona fizeram nesta terça-feira, no Etihad Stadium, pela Liga dos Campeões, um dos grandes jogos da temporada europeia até o momento. Digno de dois dos melhores times do mundo, o confronto teve gols, lindos lances e altos e baixos de ambos os lados, mas o grande segundo tempo do City foi determinante para definir a vitória por 3 a 1 e acabar com a freguesia diante do rival.

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Esta foi a sexta vez que as equipes se encontraram de forma oficial – todas na Liga dos Campeões e de 2014 para cá – e até então as vitórias eram todas do Barcelona. A freguesia se estendia também ao técnico Pep Guardiola, que já manifestava o incômodo pelos seguidos insucessos diante da equipe que ajudou a criar.

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A derrota há duas semanas, na Espanha, por 4 a 0, só ampliou esse desejo de revanche do City e de Guardiola, que foram à forra nesta terça com uma grande atuação. O Barcelona até foi melhor em parte do primeiro tempo e marcou o primeiro com Messi, mas a partir do empate inglês, com Gündogan, os donos da casa assumiram o comando. Na etapa final, De Bruyne e o mesmo Gündogan definiram o resultado.

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O City foi a sete pontos com a vitória, ainda na segunda colocação do Grupo C, mas agora a somente dois do líder Barcelona. O Borussia Mönchengladbach é o terceiro, com quatro pontos, após ficar no empate nesta terça, por 1 a 1, com o Celtic, que é o lanterna com somente dois pontos.

O JOGO – Sedento por encerrar a freguesia diante do Barcelona, o City começou o duelo acelerando o ritmo e marcando o adversário no campo de ataque. A estratégia deixou os ingleses com o domínio da posse nos primeiros minutos e eles inclusive reclamaram de um pênalti não marcado em Sterling, que levou um pisão de Umtiti. Por outro lado, os donos da casa davam espaços para o contra-ataque dos catalães.

E bastou uma oportunidade no contragolpe para o Barça marcar. Aos 20 minutos, Messi recebeu na intermediária de defesa e abriu na esquerda com Neymar. O brasileiro arrancou, cortou para o meio e encontrou passe milimétrico de volta para o argentino, que apareceu em velocidade no meio da zaga com a tradicional calma para dominar e tirar de Caballero.

O gol assustou o City, que pareceu sentir o peso de todo um histórico de insucessos contra o Barcelona. Por sua vez, o time espanhol cresceu e quase ampliou em outro contra-ataque, aos 27, com Neymar. Os visitantes eram muito mais perigosos, mudaram o cenário da posse de bola e só não ampliaram porque André Gomes e Luis Suárez, duas vezes, erraram finalizações de dentro da área.

O Manchester City parecia morto, mas aí a defesa do Barcelona ressuscitou o adversário. Se na partida na Espanha os donos da casa se aproveitaram dos erros na saída de bola do City, desta vez foram os próprios catalães que entregaram o empate. Aos 38, pressionado, Sergi Roberto tentou o toque no meio, mas entregou no pé de Agüero, que acionou Sterling. O inglês rapidamente tocou de primeira para Gündogan marcar praticamente sem goleiro.

Aos 40, Sergi Roberto errou de novo e entregou a bola ao adversário. Fernandinho tocou para David Silva e recebeu de volta para bater cruzado. Agüero chegou um pouco atrasado e perdeu a chance de empatar. O cenário se manteve no segundo tempo e logo com um minuto o mesmo Fernandinho recuperou a bola no ataque. Agüero voltou a encontrar Sterling, que, de frente para Ter Stegen, preferiu dominar e perdeu o controle.

Aos dois minutos, Agüero tentou de fora da área e jogou com muito perigo, à esquerda. O início arrasador do City deixou o Barcelona sem reação e resultou na virada aos cinco minutos. De Bruyne bateu falta quase da meia-lua no canto de Ter Stegen, que havia dado um passo para trás da barreira e não conseguiu voltar.

A superioridade do City era impressionante, mas Agüero, David Silva e Sterling erravam no último passe ou na finalização. E as falhas quase custaram caro porque aos 19 minutos, o Barcelona quase deixou tudo igual. Só poderia ser em um contra-ataque, puxado por Luis Suárez, que colocou entre as pernas de Otamendi e deixou em ótimas condições para André Gomes, sozinho, acertar o travessão.

Mas o dia era mesmo do City, que não sentiu o susto. Os ingleses seguiram em cima e também acertaram a trave no minuto seguinte, com De Bruyne, após bela tabela com Sterling. De tanto tentar, o terceiro veio aos 28, na insistência. De Bruyne deu ótima enfiada para Navas, que cruzou da direita. Ter Stegen conseguiu um leve desvio que tirou Agüero da jogada, mas a sobra ficou para Gündogan encher o pé.

Só com a vantagem mais confortável o City tirou o pé do acelerador e passou a administrar os últimos minutos. O Barcelona, timidamente, chegou a tentar algo no ataque, mas parecia sentir o grande momento do adversário e pouco assustou até o apito final.