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Em ‘estreia’ na nova casa, Flamengo se reabilita e bate a Ponte Preta por 2 a 0

Na estreia em sua “nova casa” – o estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, que pertence à Portuguesa carioca, foi alugado e passou a ser chamado Ilha do Urubu pela diretoria, em referência ao animal-símbolo do clube -, o Flamengo venceu a Ponte Preta por 2 a 0, nesta quarta-feira, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, saltou para 10 pontos no meio da tabela de classificação, e aliviou a pressão sobre o técnico Zé Ricardo, que estava ameaçado no cargo.

A torcida ainda pode ver a estreia do meia Conca, estrela contratada em janeiro que estava aprimorando a forma física após uma cirurgia no joelho e entrou em campo pela primeira vez com a camisa rubro-negra aos 37 minutos do segundo tempo.

O Flamengo começou pressionando, ajudado pela configuração do estádio. No Maracanã, onde o time rubro-negro habitualmente mandava seus jogos, cabe muito mais gente, mas o público fica mais distante do campo. No Luso-Brasileiro, os torcedores ficam à beira do gramado, o que já levou a torcida a chamar o estádio de “Bombonera carioca”, referência ao campo do argentino Boca Juniors, conhecido por ser um “caldeirão”.

A primeira chance foi da equipe carioca, logo no primeiro minuto. Everton chegou à grande área pela esquerda e chutou. A bola desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. Após o escanteio, a Ponte Preta conseguiu sair do sufoco.

A equipe de Campinas (SP) resistiu à pressão do Flamengo, que tinha ampla vantagem na posse de bola (chegou a 68%, contra 32% da Ponte Preta nos primeiros 20 minutos) e construía jogadas de perigo, mas não conseguia marcar gol. A partir da metade da primeira etapa, o time visitante começou a explorar os contra-ataques e tentou equilibrar o jogo.

Sem conseguir aproveitar as chances, o Flamengo irritou a torcida, que ao final do primeiro tempo já ensaiava vaias. O estádio, que prometia ser fator de apoio aos flamenguistas, passou a amplificar a pressão aos atletas. Aos 46 minutos, mais um contra-ataque da Ponte Preta. Renato Cajá deu passe de calcanhar para Elton, que lançou Léo Artur. A jogada, que oferecia risco, foi interrompida pelo assistente de arbitragem, que marcou um impedimento muito contestado pelo clube de Campinas.

Na jogada seguinte, o Flamengo conseguiu abrir o marcador. Diego cobrou escanteio, o goleiro Aranha não saiu do gol e Réver subiu mais que os zagueiros da Ponte Preta, mandando a bola para a rede. Foi a última jogada do primeiro tempo e aliviou a pressão sobre os flamenguistas. “Gol chorado, no finalzinho”, resumiu o defensor artilheiro. “Espero que esse gol possa revirar nossa campanha na competição. Que seja o primeiro de muitos gols de bola parada, que estávamos sendo muito cobrados”, concluiu.

O segundo tempo começou com mais pressão do Flamengo, que conseguiu ampliar o placar aos 16 minutos. Réver cobrou falta no campo de defesa, Leandro Damião passou de cabeça para Vinicius Júnior, que avançou pela direita e cruzou. O próprio centroavante se antecipou ao goleiro Aranha e cabeceou para o gol.

O segundo gol transferiu de vez a pressão para o time de Campinas. A Ponte Preta partiu para o tudo ou nada e construiu boas chances. Aos 18 minutos, Renato Cajá quase marcou em cobrança de falta – o goleiro Thiago fez grande defesa.

Aos 28 minutos, a promessa Vinicius Júnior saiu sentindo dores na coxa. Em seu lugar entrou Pará. O jogo continuou com chances para os dois times e alguma superioridade do Flamengo, mas sem mais gols. A torcida rubro-negra só vibrou novamente com a entrada de Conca, aos 37. Ao final, o argentino afirmou que estava “feliz”, mas que “ainda falta muito (para chegar à sua melhor forma física), ainda tenho muito a melhorar”.

O próximo jogo do Flamengo será neste domingo, no Maracanã, contra o Fluminense, em uma repetição da final do Campeonato Carioca, vencida pelo time rubro-negro. A Ponte Preta joga neste sábado contra o Santos, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. As duas partidas compõem a oitava rodada do Brasileirão.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 2 x 0 PONTE PRETA

FLAMENGO – Thiago; Rodinei, Réver, Rafael Vaz e Renê; Márcio Araújo, Cuéllar e Diego (Conca); Vinicius Júnior (Pará), Leandro Damião (Felipe Vizeu) e Éverton. Técnico: Zé Ricardo.

PONTE PRETA – Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Kadu e João Lucas; Naldo, Elton, Léo Artur (Jadson) e Renato Cajá (Claudinho); Negueba (Lins) e Lucca. Técnico: Gilson Kleina.

GOLS – Réver, aos 47 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 13 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Márcio Araújo e Vinicius Júnior (Flamengo), Negueba e Nino Paraíba (Ponte Preta).

ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG).

RENDA – R$ 788.649,20.

PÚBLICO – 13.006 pagantes (13.981 no total).

LOCAL – Estádio Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ).

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