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Em encontro com Picciani, UCI sugere criar fundação para gerir velódromo

Em busca por uma solução para que o velódromo utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio não se transforme em um elefante branco, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente da União Ciclística Internacional (UCI), Brian Cookson, encontraram-se nesta sexta-feira, em Doha, no Catar. Lá, a entidade reguladora do ciclismo sugeriu a criação de uma fundação para gerir a estrutura.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, a proposta da UCI é que a fundação seja tripartite, com representantes do governo federal, da sociedade civil e da própria entidade internacional. Não fica claro se a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), que também participou da reunião, faria parte desta fundação.

“Nossa intenção é garantir provas no velódromo brasileiro, um dos mais modernos do mundo. Além disso, também queremos utilizar o equipamento desde a base e permitir que a população tenha acesso a esse patrimônio”, disse Picciani, em declarações reproduzidas pela assessoria de imprensa. “É importante manter o legado das Olimpíadas. Temos total interesse em levar competições internacionais para o Brasil e vamos batalhar para viabilizar essa parceria”, complementou.

Ainda de acordo com a pasta, a UCI demonstrou interesse em ajudar. “É um velódromo fantástico. Temos de trabalhar com pessoas que sejam apaixonadas pelo esporte. Se não houver investimentos, o velódromo corre o risco de se transformar num espaço fantasma”, opinou Cookson.

Enquanto a reunião acontecia em Doha, o Campeonato Brasileiro de Pista era realizado em Maringá, no Paraná. Apesar do investimento de R$ 140 milhões do ministério no velódromo no Rio, a competição foi disputada em uma pista aberta, debaixo de chuva.

“A CBC decidiu cancelar a prova Omnium do Campeonato Brasileiro de Pista, porque chove há dois dias sem parar. Ontem (quinta) à noite ainda conseguimos fazer a perseguição individual, além da Scratch que havia sido de manhã. Eu não estou aqui responsabilizando ninguém, até porque não sei de quem é a responsabilidade, mas, sabendo que hoje temos um velódromo coberto e lindo no Rio de Janeiro, que poderia ter sido aproveitado para este campeonato e não foi, torna meu sentimento de tristeza ainda maior”, reclamou a ciclista Gisele Saggioro Gasparotto, da Memorial de Santos, no Facebook.

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