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Em desvantagem na Pré-Libertadores, São Paulo desafia sina de mata-matas

O São Paulo tem dura missão na noite desta quarta-feira: após perder por 2 a 0 do Talleres na Argentina, semana passada, precisa no mínimo devolver o placar para tentar, nos pênaltis, evitar uma eliminação precoce na Copa Libertadores. O jogo começa às 21h30 (de Brasília) e será no Morumbi, no retorno do time ao seu estádio.

Para o time se classificar sem precisar enfrentar o drama das penalidades, será necessária uma vitória por pelo menos três gols de vantagem. Os argentinos jogam até por derrota por um gol de diferença para ir à terceira fase.

Apesar da sintonia de sua torcida com a Libertadores e de o duelo decisivo marcar justamente a reabertura do estádio, que estava fechado desde o fim do último Brasileirão para reformas, um fantasma que assombra o São Paulo pode estragar a festa: seu desempenho de 2012 para cá em jogos eliminatórios.

Naquele ano, o clube tricolor conquistou seu último título, a Copa Sul-Americana, cuja final foi disputada no dia 12 de dezembro, no Morumbi. O jejum que viria depois concentra nada menos do que 19 eliminações em torneios com confrontos de mata-mata, sem contar as campanhas nos pontos corridos do Campeonato Brasileiro.

Os fracassos se dividem entre seis quedas no Paulista, cinco na Copa do Brasil, quatro na Sul-Americana, três na Libertadores e uma Recopa Sul-Americana – disputada em dois jogos contra o Corinthians, em 2013.

Curioso é que, apesar das várias participações em competições continentais, apenas quatro das eliminações se deram diante de times estrangeiros.

O Colón, da Argentina, é o responsável pela mais recente, na segunda fase da Sul-Americana de 2018. Um ano antes, outra equipe do país, o Defensa y Justicia, impôs queda ainda mais precoce aos brasileiros, na primeira fase. Já o Atlético Nacional, da Colômbia, tirou o São Paulo do páreo em duas semifinais – na Libertadores de 2016 e na Sul-Americana de 2014. Do Brasil, o maior carrasco no período foi o Corinthians. Fora a já citada final da Recopa, despachou o arquirrival em três semifinais estaduais (2018, 2017 e 2013).

NOVATO – Se o técnico André Jardine falhar, será o nono treinador do São Paulo neste recorte de tempo a ficar pelo caminho em mata-matas. Muricy Ramalho era o comandante em quatro oportunidades, mas tinha crédito pelo tricampeonato brasileiro conquistado entre 2006 e 2008.

Ney Franco foi derrotado três vezes, assim como Rogério Ceni e Diego Aguirre, mas também tem atenuante: era o comandante da equipe campeã da Sul-Americana em 2012. Completam a lista Edgardo Bauza e Milton Cruz (interino), com duas eliminações, além de Ricardo Gomes e Doriva (uma cada).

Jardine sabe que uma eliminação hoje provavelmente significará o fim da linha para ele, pressionado por resultados ruins e por ainda não ter dado uma cara a um elenco reforçado por sete jogadores nesta temporada.

“O time vai entrar aguerrido, concentrado, e vamos fazer nossa melhor partida do ano, não tenho dúvida”, prometeu Jardine, após a derrota do último sábado, para a Ponte Preta. Só assim para evitar mais um fiasco.

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