Demitido nesta terça-feira, depois de levar o Cruzeiro a dois títulos brasileiros, o técnico Marcelo Oliveira se despediu do clube em pronunciamento na Toca da Raposa e evitou fazer críticas à diretoria. Mas ele não deixou de apontar que os resultados aquém dos esperados neste ano têm direta relação com o desmanche sofrido ao fim da última temporada.

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“Não tenho como caráter sair atirando dos clubes, por mais que eu tenha uma opinião formada sobre situações que tivemos dificuldades este ano. Desmanchamos o time e ninguém tem culpa absoluta disso”, disse o treinador à imprensa, pouco depois de o Cruzeiro informar sobre a demissão.

Evitando polêmicas, Marcelo Oliveira agradeceu ao Cruzeiro pela “oportunidade de trabalho” e lembrou que ficou dois anos e cinco meses no cargo. “Dizem que os treinadores brasileiros são trocados de quatro em quatro meses. Foi uma chance de aumentar essa média”, brincou.

O treinador não escondeu que não achava que seria demitido. “Esperava cumprir meu contrato. Tive pelo menos três situações melhores financeiras e por uma questão ética, de gratidão, e por estar feliz eu não deixei o clube. Mas compreendo como uma decisão profissional da diretoria, é assim que funciona. Às vezes os resultados não vem, por mais que se trabalhe. Tenho a consciência de que tentei fazer o melhor, me dediquei muito, principalmente nos últimos tempos.”

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Na sua despedida, Marcelo Oliveira não deixou de exaltar seus feitos à frente do Cruzeiro. “Quando chegamos o Cruzeiro vinha de duas temporadas ruins. Jogadores se valorizaram, jogadores que não estavam jogando, casos do Maik, do Alisson. Jogadores saíram com cifras muito importantes, então a gente conviveu com coisas muito boas aqui. Tivemos muito mais alegrias do que chateações. Espero que seja um até logo, que eu dia a gente possa voltar aqui.”