Em crise financeira, Sauber ficará fora de testes da F1 em Silverstone

A Sauber confirmou nesta quarta-feira que não vai participar dos testes coletivos que a Fórmula 1 irá realizar no circuito de Silverstone na próxima semana, na terça e na quarta, logo depois da disputa do GP da Inglaterra, marcado para este domingo, quando ocorrerá a décima etapa do Mundial de 2016 da categoria.

A equipe suíça enfrenta uma grave crise financeira e alegou o “custo-benefício” como motivo para sua desistência destes testes, assim como destacou que ainda não fez atualizações aerodinâmicas no modelo C35. Para completar, a escuderia não conta com um piloto de testes ou reserva, que é uma das exigências da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para participar dos testes realizados durante a temporada.

“Como nós introduzimos o pacote aerodinâmico do C35 numa fase posterior, os testes em Silverstone estão cancelados considerando a relação custo-benefício”, informou a Sauber, por meio de sua página no Twitter.

Contando com o brasileiro Felipe Nasr e o sueco Marcus Ericsson como pilotos titulares, a Sauber ainda não somou nenhum ponto neste Mundial de F1 e, por causa de seus problemas financeiros, também já havia ficado fora dos testes coletivos realizados anteriormente em Barcelona, no mês de maio, então também alegando falta de atualização aerodinâmicas no seu carro e de pilotos de testes que preenchessem os requisitos obrigatórios da FIA.

Desde o início desta temporada, que começou em março, a Sauber não fez atualizações significativas em seu carro, mas passou a adotar um discurso mais otimista no último final de semana, quando foi realizado o GP da Áustria. O gerente da equipe, Beat

Zehnder, afirmou que os salários de junho haviam sido pagos normalmente, depois de integrantes do time terem sofrido com atrasos provocados pela crise financeira.

“Pagar os salários, os salários que estavam pendentes, é parte de uma solução abrangente em que estávamos trabalhando. Obviamente, há uma mudança no clima porque agora todo mundo acredita novamente que há um futuro”, disse o dirigente, que depois enfatizou que “o crucial foi não ter desistido” de seguir na F1, apesar de a equipe ter “áreas bastante limitadas” para seu desenvolvimento no competitivo, caro e exigente cenário da categoria máxima do automobilismo.

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